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E agora, Levir?

Com quatro volantes, esquema retraído e falhas individuais e coletivas, Atlético perde de novo na Libertadores e precisará de erro zero nos próximos jogos para se classificar


postado em 13/03/2019 05:05

Enquanto jogadores do Nacional comemoram o 1 a 0, atleticanos deixam o gramado cabisbaixos(foto: Miguel Rojo/AFP)
Enquanto jogadores do Nacional comemoram o 1 a 0, atleticanos deixam o gramado cabisbaixos (foto: Miguel Rojo/AFP)


Sem o bom futebol que a torcida espera, o caminho do Atlético na fase de grupos da Copa Libertadores vai ficando cada vez mais complicado. A exemplo do jogo contra o Cerro Porteño, o time de Levir Culpi abusou dos erros coletivos, cometeu falhas individuais em excesso, não teve consistência ofensiva e perdeu para o Nacional-URU por 1 a 0, em Montevidéu, sofrendo sua segunda derrota em duas partidas na competição. Com isso, a equipe liga o sinal de alerta e precisa vencer os próximos compromissos para não correr risco de ser eliminada ainda na fase inicial.

O Galo pode ser o lanterna isolado do Grupo E, caso o Zamora empate com o Cerro Porteño hoje, às 19h15, em Assunção. O time mineiro volta a campo pela Libertadores em 3 de abril, diante Zamora-VEN, em princípio, no Mineirão, ciente de que precisa ter atuação com mais brilho para evitar novas decepções e críticas da torcida.

Na partida de ontem, o esquema com três volantes (Zé Welison, Jair e Elias) proposto por Levir Culpi não funcionou. Além de jogar muito recuado, faltou competência na criação de jogadas no setor ofensivo. Para piorar, os vários erros de passe – inclusive na linha defensiva – quase complicaram o alvinegro em mais uma atuação limitada. O Nacional, que não havia vencido em quatro rodadas pelo Campeonato Uruguaio, chegou aos 6 pontos na Libertadores e lidera a chave.

O capitão Réver afirma que a equipe precisa reagir o quanto antes para não ver tudo cair por terra na Libertadores: “Não é que deixamos de agredir. O adversário teve uma oportunidade no segundo tempo e fez o gol. Faltou um pouco de sorte. A gente cria e não faz o gol. Nada está perdido, mas precisamos acordar. Ainda tem muita coisa pela frente. Não podemos sofrer como hoje. A equipe se comportou bem, mas não conseguimos vencer.”

Depois de passar por duas etapas na fase preliminar, ele lamenta o início ruim na fase de grupos e admite temer pelo futuro na competição: “Claro que fica complicado. São dois jogos e duas derrotas. Isso dificulta o planejamento. Agora, é pensar no próximo jogo, em casa, quando não teremos outro resultado a não ser a vitória.”

O lateral-esquerdo Fábio Santos, um dos que foram mal individualmente, tem a mesma opinião do capitão e fala em mudança de postura: “A Libertadores é uma competição complicada e sabíamos que enfrentaríamos as dificuldades. Em dois jogos, jogamos para vencer, mas a chave está em aberto. Confiamos no trabalho que vem sendo feito. São quatro jogos em que precisamos jogar a vida para buscar a classificação.”

A pressão agora será maior em cima do técnico Levir Culpi. Em sua entrevista, ele demonstrou certa irritação e rispidez com as perguntas e não admitiu que o resultado tenha sido um castigo à postura defensiva no Uruguai: “Lamento o resultado, mas o empenho dos jogadores foi normal. Faltou o quesito finalização. Não acertamos. Por isso não vencemos”. O comandante chegou ontem a 15 partidas comandando o Atlético em Libertadores e ultrapassou Cuca, se tornando o treinador alvinegro com mais jogos na competição.

GOL DE CABEÇA Durante 90 minutos, o setor criativo do Atlético foi muito pobre, com sérias deficiências. Um dos erros frequentes em Montevidéu foi o último passe, quase sempre desperdiçado pelos jogadores mais criativos. A melhor chance do Galo em toda a partida foi num chute de Zé Welison, que acertou a trave do goleiro Conde, ainda no primeiro tempo. Com o equatoriano Cazares muito apagado, o atacante Ricardo Oliveira também foi figura praticamente nula na partida.

Mesmo com a equipe em baixa, Levir demorou para fazer mudanças no segundo tempo. O gol do Nacional ocorreu depois de um duplo cochilo, com perda de bola no meio-campo e erro de posicionamento na bola aérea. Em cruzamento de Viña pela esquerda, o centroavante Bergessio ganhou de Igor Rabello e cabeceou para o fundo das redes. Só a partir daí o treinador começou a mexer no time: colocou Guga e Chará nos lugares de Patric (um dos mais instáveis) e de Jair. Mas as estratégias não funcionaram. No último suspiro, a cinco minutos do fim, ele lançou o jovem Alerrandro no lugar de Zé Welison. No entanto, o atacante praticamente não pegou na bola.

 

 

FICHA TÉCNICA
Nacional-URU 1 x 0 Atlético

Nacional : Conde; Zunino, Angeleri, García e Viña; Arzura, Gabriel Neves, Carballo, Rodríguez (Carvalho 42 do 2º) e Castro (Ramírez 36 do 2º); Bergessio (Fernández 47 do 2º)
Técnico: Eduardo Domínguez
Atlético: Victor; Patric (Guga 27 do 2º), Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Zé Welison (Alerrandro 40 do 2º), Jair (Chará 27 do 2º), Elias, Cazares e Luan; Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi
2ª rodada do Grupo E da Libertadores
Estádio: Parque Central
Gol: Bergessio 26 do 2º
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes: Christian Schiemann e Alejandro Molina (CHI)
Cartão amarelo: Viña, Igor Rabello, Angeleri, Zé Welison e Ricardo Oliveira
Próximos jogos: Zamora (c), Cerro Porteño (f), Nacional (c)

Goleada e queda em casa

Os outros brasileiros que jogaram ontem pela Libertadores tiveram sensações diferentes em suas partidas em casa. Com futebol ofensivo, o Palmeiras não teve dificuldades para golear o Melgar-PER por 3 a 0, no Allianz Parque, chegando aos 6 pontos no Grupo F. Já o Grêmio decepcionou sua torcida ao perder para o Libertad-PAR por 1 a 0, em Porto Alegre.

Em São Paulo, o Verdão não sofreu sustos. Os gols foram marcados por Felipe Melo, no primeiro tempo, e por Ricardo Goulart e Deyverson, no segundo. Principal contratação do clube para a temporada, Goulart já divide a artilharia com o colombiano Borja, ambos com três gols.

Com a derrota, o Grêmio complicou sua situação no Grupo H. O gol da vitória do Libertad foi marcado por Bareiro, depois de cruzamento de Martínez, no fim do primeiro tempo. O time de Renato Gaúcho não conseguiu reagir no segundo. A equipe já havia empatado por 1 a 1 com o Rosario Central, na estreia, na Argentina.

PELOS 100% Depois de vencerem na estreia, Flamengo e Internacional jogam hoje tentando a liderança de suas chances. O Fla recebe a LDU, às 21h30, no Maracanã, com expectativa de público acima de 50 mil torcedores. Na semana passada, o rubro-negro passou pelo San José-BOL por 1 a 0, na altitude de 3,7 mil metros de Oruro. Já o Colorado, que bateu o Palestino-CHI por 1 a 0 na estreia, fora de casa, vai receber o Alianza, às 21h30, no Beira-Rio.

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