(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Sofrimento até no máster

Após empatar por 1 a 1 com o San Lorenzo no tempo normal, Atlético é campeão de torneio internacional só na nona cobrança de pênalti. Não faltou nem a famosa catimba argentina


postado em 14/01/2019 05:05

Time formado por ex-jogadores atleticanos posa com a taça e comemora o título conquistado no início da tarde de ontem, na Arena do Jacaré (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Time formado por ex-jogadores atleticanos posa com a taça e comemora o título conquistado no início da tarde de ontem, na Arena do Jacaré (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Não importa a categoria, pois, como diz o torcedor, ser atleticano é sofrer pelo time e acreditar sempre. Ontem, na Arena do Jacaré, não foi diferente. O Galo conquistou o título do Torneio Internacional Máster de Futebol derrotando o San Lorenzo, da Argentina, apenas nos pênaltis – e só depois da nona cobrança: 8 a 7. No tempo normal, empate por 1 a 1. Na decisão em Sete Lagoas houve de tudo: festa, canto, dança e até catimba, que quase resultou em briga. No fim, salvaram-se todos. Na decisão do terceiro lugar, o Cruzeiro venceu o Corinthians, de virada, por 2 a 1.

Apesar de ser uma decisão entre Brasil e Argentina, países de histórica rivalidade no futebol, não haveria com que se preocupar. Afinal, em campo estariam veteranos, que jogam até hoje para se divertir, certo? Ledo engano. Já na chegada ao estádio, o San Lorenzo, considerado o time mais alegre do torneio, chamou a atenção. Os atletas saltaram de duas vans já cantando: “Campeón, campeón...”. Depois, entoaram cânticos da torcida do time.

O zagueiro Alvarez carregava uma caixa de som, que reproduzia músicas de um celular. Todos dançavam. Entraram pulando e batendo palmas. Já no vestiário, os jogadores atleticanos apenas ouviram de longe. Para muitos no estádio, era um tipo de provocação. Segundo o armador Gorosito, no entanto, não passou de uma maneira de esquentar as turbinas, aquecer o time, para que o San Lorenzo entrasse “pilhado” no gramado.

O Atlético abriu o placar logo aos 10min, com Paulinho Guará, depois de lançamento de Luís Cláudio – substituto de Paulo Roberto Prestes, que, contundido, não pôde jogar. A partida seguia tranquila até o árbitro Antônio William Gomes encerrar o primeiro tempo. Dois acompanhantes do time argentino, que não foram identificados, invadiram o campo, acusando o Galo de descumprir o regulamento. Alegavam que só eram permitidos dois jogadores até 35 anos por equipe, e o alvinegro escalara quatro, conforme a regra (um no gol e três na linha): o goleiro Giuliano, o zagueiro Adriano Lobinho, o lateral-esquerdo Luís Cláudio e o atacante Paulinho Guará.

O imbróglio virou bate-boca, com os argentinos esbravejando. Para elucidar a questão, os organizadores do torneio soltaram uma nota oficial ratificando o regulamento: “Cada equipe pode escalar três jogadores de linha, de até 35 anos, além do goleiro. No gol é permitido um jogador de qualquer idade”. A situação parecia contornada quando, na retomada da partida, os argentinos passaram a entrar rispidamente nas jogadas. Começaram a acontecer faltas violentas, a ponto de o árbitro distribuir cinco cartões amarelos para o San Lorenzo, que empatou com com Monserrat, depois de falha defensiva do Galo.

PENALIDADES A decisão foi para os pênaltis, o que inflamou a torcida. Parte dela correu para trás do gol, onde seriam as cobranças, e passou a cantar o hino. Aí veio o sofrimento: Gorosito colocou o San Lorenzo na frente. Álvaro empatou. Baggio fez 2 a 1 para os argentinos. Mas Piu errou. “Vai ser sofrido”, gritou um torcedor. O goleiro atleticano Giuliano pegou a cobrança de Rivadero e Sérgio Araújo deixou tudo igual. Daí em diante, Esquivel, Lazzaro, Alvarez, Antonelli e Monserrat acertaram para o San Lorenzo. Araújo, Luís Cláudio, Piuzinho, Faioli e Fofão também acertaram.

Chegou a nona cobrança. O torcedor, nervoso, cantava cada vez mais alto. Giuliano defendeu o chute de Estevez. A esperança estava nos pés de Marcelinho, que colocou no canto esquerdo: a bola tocou as redes e a torcida explodiu. Os jogadores atleticanos correram na direção de Marcelinho, para festejar. “É muito sofrimento, mas o que importa é que ganhamos”, disse o técnico campeão, Jorge Valença.

Atlético:
Giuliano; Fofão, Álvaro, Lobinho e Luís Cláudio; Araújo, Gedeon, Piu e Leo de Deus; Paulinho Guará e Wellington Amorim. Também entraram Marcelinho, Eron e Sérgio Araújo. Técnico: Jorge Valença. San Lorenzo: Livora; Gallardo, Álvarez, Lussenhoof e Esquivel; Rivadero, Monserrat, Calabria e Gorosito; Estevez e Lazzaro. Depois Antonelli, Biaggio e Vásquez. Técnico: Roberto Lezcaro. Apitou Antônio William Gomes, que teve como assistentes Herberth Costa Andrade e Flamarion Sócrates da Silva.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)