
O torcedor do Atlético que viu a equipe liderar o Campeonato Brasileiro por uma rodada (sexta), ser vice-líder em duas (11ª e 12ª) e ficar 11 entre os quatro primeiros terá de se contentar com a briga por uma posição bem mais modesta na despedida de 2018. Confirmar o sexto lugar – colocação na qual a equipe permaneceu por 17 rodadas nesta edição (quase um turno inteiro) – passa a ser obrigação para um clube que terminará o ano sem títulos. Para isso, o Galo terá, diante do Botafogo, sábado, às 19h, no Independência, a missão de vencer a todo custo para não perder o posto para o Atlético-PR, que enfrenta o Flamengo no mesmo horário, no Rio.
A realidade neste Brasileiro é que o Galo contou, em alguns momentos, com a sorte ao não perder a posição que garante a última vaga na Copa Libertadores. Há duas semanas, o alvinegro correu o risco de ser ultrapassado pelo Santos, mas os paulistas surpreendentemente perderam para a Chapecoense por 1 a 0, em casa. Outro que constantemente ameaçou o Galo foi o arquirrival Cruzeiro; no entanto, os celestes perderam o gás e continuaram atrás da equipe de Levir Culpi.
O atacante Ricardo Oliveira lamenta que o Atlético tenha caído de rendimento e deixado de disputar o título: “Lideramos o Brasileiro no primeiro turno e permanecemos nesta sexta posição durante o segundo turno. Desde o início da competição, não baixamos desta posição, mostrando a constância que tivemos. Em alguns momentos, caímos muito e depois subimos. Foi um ano que poderia ser melhor, mas acho que, dentro do que foi proposto, a temporada foi muito boa. Pelo time que foi montado e pelo grupo que se juntou para ir em busca de um projeto e de um trabalho cujo principal objetivo era entrar na Libertadores. As coisas foram se apresentando, e houve um momento em que se falou da possibilidade de título, mas infelizmente não mantivemos o alto nível”.
O experiente jogador não considera o sexto lugar satisfatório, porém valoriza a briga pela vaga na competição internacional. “Estamos na iminência de conseguir a vaga na Libertadores. É o que nos seduz, é o nosso maior objetivo e vamos dar nosso melhor. Não sei se o sexto lugar reflete o que fizemos no ano. Não foi o que eu gostaria, até em termos de números pessoais”.
SEM PISTAS Levir Culpi começou ontem os primeiros trabalhos táticos com o grupo, mas não apontou a formação que começará diante do Botafogo. Em recuperação de incômodo na panturrilha esquerda, o volante Adílson não teve presença confirmada – Galdezani fica de sobreaviso para substituí-lo. Por cláusulas contratuais, o Fogão não poderá escalar o atacante Erik, que pertenceu ao Atlético neste ano e tem os direitos econômicos ligados ao Palmeiras.
