O décimo jogo sem vitória do América no Campeonato Brasileiro – 1 a 0 para o Paraná, ontem, no Independência –, custou a Adilson Batista o cargo de treinador. Ele foi demitido, ontem, no vestiário, pelo presidente do clube, Marcus Salum. O dirigente disse que não há nenhum nome em vista para substituí-lo de forma imediata. A partir de amanhã, o time será comandado pelo auxiliar Felipe Conceição, ex-atacante do Botafogo que integra a comissão técnica permanente do Coelho.
Lanterna do Nacional e já rebaixado, o Paraná não vencia havia 18 rodadas e, curiosamente, encerrou o jejum diante do adversário que derrotara pela última vez, no turno, em Curitiba, também por 1 a 0. Foi a quarta vitória do time paranaense no Brasileiro. A tarde de sábado, que começou com entusiasmo, pelas promoções que a diretoria fez para atrair o torcedor americano, com sorteio de carro e cerveja gratuita, acabou em decepção e desalento.
Em sua despedida, Adilson fez uma grave acusação ao time – não ao clube, que elogiou. “A cobrança tem de ser em cima dos atletas. Eles têm tudo, mas não correspondem. Eles é que decidem, eles que têm de decidir. Mas isso não está acontecendo. O atleta tem tudo e precisa dar a resposta. Isso não aconteceu aqui.”
O ex-treinador falou também de problemas nos últimos jogos: “Não jogamos o segundo tempo contra o Atlético-PR. Fomos mal no segundo tempo contra o Santos, no turno. E estivemos mal contra o Ceará. Nas últimas quatro partidas, jogamos seis pontos fora. Não era pra ter chegado a esta situação”.
Marcus Salum lamentou ter de tomar a decisão de demitir Adilson: “Não é uma boa noite, por isso, não vou dar boa noite pra ninguém. Esta foi uma derrota que machucou demais. Tivemos o jogo na mão, mas perdemos. Por isso, o desligamento do Adilson, o que faço com muita tristeza, pois ele é um treinador que admiro muito. Sou grato a ele. Mas uma mudança se faz necessária. Enquanto houver chance, temos de lutar”.
REBAIXAMENTO A queda para a Série B se tornou ainda mais real para o América. Em 18º lugar, ainda pode ser ultrapassado na rodada pela Chapecoense, que enfrenta o Santos amanhã, no Pacaembu. Na quinta-feira, pela 34ª rodada, a equipe alviverde enfrenta o Internacional, às 21h, em Porto Alegre.
Agora, o time vai precisar de uma reação histórica para se manter na Primeira Divisão nacional. Depois do Colorado, o América recebe o Santos; vai a São Paulo encarar o líder Palmeiras; joga contra o Bahia na capital mineira, e, por fim, encara o Fluminense, no Rio de Janeiro.
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Antes do revés de ontem, o Coelho computava 71% de chances de queda para a Série B. Para alcançar a pontuação que matemáticos consideram segura para garantir a permanência (46 pontos), o Coelho tem de vencer quatro dos últimos cinco confrontos.
América
João Ricardo; Norberto, Messias, Matheus Ferraz e Giovanni; Leandro Donizete, Zé Ricardo (Luan 24 do 2º), Gérson Magrão e Robinho (Carlinhos, intervalo); Matheusinho e Aylon (Rafael Moura intervalo)
Técnico: Adilson Batista
Paraná
Richard; Wesley, Jesiel, Renê Santos e Mansur (Silvinho 26 do 1º); Leandro Vilela, Alex Santana, Jhonny Lucas (Jhony 20 do 2º)e Audrey; Rafael Grampola (Rodrigo 29 do 2º) e Juninho
Técnico: Dado Cavalcanti
33º rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Independência
Gol: Audrey 45 do 2º
Cartão amarelo: Messias, Leandro Vilela,
Cartão vermelho: Renê Santos
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e E#duardo Gonçalves da Cruz (MT)
Público: 5.074
Renda: R$ 31835
Próximos jogos: Internacional (f), Santos (c) e Palmeiras (f)