Sementes de Rosa Mosqueta

O ólego contém vitaminas e ácidos graxos essenciais, incluindo o ácido linoléico e linolênico

Stefan Schweihofer/Pixabay

Você já deve ter ouvido falar sobre as vantagens do óleo de rosa mosqueta.
Extraído da espécie Rosa Aff rubiginosa oil (ou Rose Hips), originária da Ásia e hoje amplamente comercializada pelo Chile, ele é quase um daqueles ensinamentos passados pelas avós, devido a suas propriedades terapêuticas e pelo seu grande poder regenerador fitoterápico.
 
Apesar de ainda serem necessários mais estudos e evidências científicas mais robustas a respeito do óleo e suas aplicações na pele, é sabido que ele contém vitaminas e ácidos graxos essenciais, incluindo o ácido linoléico e linolênico, além de fenois com propriedades antivirais, antibacterianas e antifúngicas.
 
 
Segundo Thiago Martins, biomédico fisioterapeuta dermatofuncional e mestre em estética, apesar de não existirem estudos em humanos que não permitam a comprovação se realmente existe eficácia em doenças e estética, graças à ação da vitamina C presente em sua fórmula, ele possui benefícios quando em contato com a pele.

"Por ser de origem vegetal, o óleo entra mais profundamente na pele, auxiliando na regeneração dos tecidos.  Ele pode ser usado puro na pele à noite, caso exista indicação, juntamente com o restante dos produtos indicados para o skincare, para evitar reações advindas do contato com a luz solar."

Uma outra dica do profissional é evitar a aplicação do produto puro na face, principalmente na de pessoas com pele oleosa. O ideal, segundo ele, é dar preferência para dermocosméticos que já tenham, em sua composição, o óleo de rosa mosqueta ou outras propriedades e composições desenvolvidas especificamente para cada tipo de pele para evitar a oclusão dos poros e, consequentemente, o aumento da oleosidade ou de outros problemas.

"Não existem comprovações sobre o fato de o óleo atenuar rugas e linhas de expressão. O que acontece é que, por ter ação antioxidante, pode evitar a degeneração do colágeno e fibras elásticas da pele, além de manter a barreira cutânea saudável.

No caso das estrias, Thiago, que realiza um trabalho de harmonização corporal com registro de marca e lida diretamente com pacientes com queixas relacionadas a estrias e celulite, conta que, mesmo sem existir ainda estudos científicos que comprovem seus benefícios para esse tipo de tratamento, ele pode ser um grande auxílio no processo, devido às suas propriedades hidratantes.

"Como uma das melhores formas de prevenir novas estrias é a hidratação, ele pode  e deve ser usado. Sempre uma quantidade que consiga ser espalhada com as mãos, sem excesso, e de forma constante. Mas vale lembrar que, no caso de tratamento, o óleo de rosa mosqueta pode ser aliado para melhorar as estrias vermelhas, juntamente com outros procedimentos, como a carboxiterapia e intradermoterapia específico para estrias."

Ele conta que, as de coloração vermelha, conhecidas como agudas, tem um processo mais fácil de ser resolvido, mas o problema está no fato de, na maioria das vezes, os pacientes procurarem ajuda apenas quando ela já está branca, também chamadas de crônica.

"Nesses casos mais difíceis é usada a carboxiterapia com uma enzima específica, fazendo com que de branca ela fique rosa ou vermelha para depois conseguir ser tratada da forma convencional.
 
Com relação ao melasma e clareamento da pele, o biomédico explica que também não existem comprovações sobre sua eficácia.
 
"Atualmente, existem inúmeros procedimentos estéticos já aprovados e com resultados positivos incríveis, entre eles tratamentos tópicos, via oral, peelings químicos, microagulhamento etc. Se nós já temos tantas opções validadas, o ideal é investir nelas."