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Estado de Minas PESQUISA

Maconha x tabaco: estudo observa qual causa mais riscos às vias aéreas

Especialistas analisaram exames de imagem de fumantes dos dois tipos para determinar quais têm taxas mais altas de alterações inflamatórias das vias aéreas


16/11/2022 17:49
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Enfisema pulmonar
(foto: Radiologia Universidade de Ottawa/Divulgação)

Como a maconha é ilegal em muitos países, ainda é muito difícil entender os riscos, à longo prazo, que a erva pode causar e a extensão dos danos que pode ter após vários anos de uso. No entanto, um estudo da Universidade de Ottawa, nos EUA, conseguiu determinar qual, entre a maconha e o tabaco do cigarro, é o tipo de fumo que pode causar taxas mais altas de alterações inflamatórias das vias aéreas.

Na pesquisa foram analisados dados de 56 fumantes de maconha, 57 não fumantes e 33 fumantes apenas de tabaco entre 2005 e 2020 para determinar quais deles apresentariam taxas mais altas de enfisema parasseptal e alterações inflamatórias das vias aéreas, como bronquiectasias, espessamento e compactação mucoide.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Radiology, na terça-feira (15/11), e mostram que fumantes de maconha têm uma taxa maior de enfisema — doença degenerativa que danifica os tecidos do pulmões — e doenças das vias aéreas em comparação com fumantes de cigarro.

“Identificamos uma associação entre fumar maconha e danos tanto para as vias aéreas pequenas quanto para as grandes", explica Giselle Revah, uma das autoras do estudo.

Ela explica que a ideia da pesquisa surgiu da curiosidade de entender como são as imagens tomográficas de fumantes de maconha em comparativo com os fumantes de cigarro, uma vez que a maconha é a segunda substância mais inalada depois do tabaco. "O que é único neste estudo é que não houve nada comparando os achados de imagem em fumantes de tabaco com fumantes de maconha antes", pontua ela.

Segundo a especialista, a falta de pesquisas sobre a maconha, tendo em vista que é ilegal em muitas partes do mundo, é um fator crucial para a dificuldade de se fazer pesquisas sobre o tema.

A especialista indica ainda que é preciso mais pesquisas para entender mais a fundo as diferenças nas imagens dos fumantes de maconha e cigarro/tabaco.

“Ainda precisamos de mais pesquisas antes de podermos afetar a mudança de política. Precisamos de estudos prospectivos maiores e mais robustos com mais pacientes para confirmar isso”, garante Giselle.

 


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