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Estado de Minas DÉFICIT COGNITIVO

Neurocientista alerta para efeitos do isolamento em crianças e jovens

Segundo José Augusto Nasser, pessoas mascaradas nas escolas e em todos os ambientes provocaram profundos comprometimentos nessa faixa etária


09/09/2022 10:42 - atualizado 09/09/2022 10:56

Menino de máscara
(foto: www.crianca.org.br/Reprodução )

O isolamento social de dois anos e o uso das máscaras podem, sim, ser responsáveis por retardar o desenvolvimento cognitivo das crianças. Segundo o neurocientista José Augusto Nasser, "hoje, temos crianças com profundas dificuldades cognitivas. A criança é um ser social: ela aprende com o que vê. As pessoas mascaradas, à sua volta nas escolas e em todos os seus ambientes, trouxeram para ela profundos comprometimentos cognitivos”, afirma.

"Estudo publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) explica que o mascaramento pode impedir a respiração, o que desencadeia uma variedade de outros problemas, incluindo ataques agudos de ansiedade em indivíduos suscetíveis", comenta.

 

"Esses danos são ainda mais propensos a ocorrer com crianças, particularmente as menores. A privação de oxigênio pode causar alterações metabólicas e as alterações metabólicas que acontecem nas células neuronais são de vital importância para o funcionamento cognitivo e a plasticidade cerebral, e sabe-se que quando ocorrem mudanças metabólicas drásticas no cérebro, há consequentes alterações de estresse oxidativo (estado oxidativo celular). Esse processo tem um papel significativo no gerenciamento do funcionamento dos neurônios", completa o neurocientista.



O médico cita, ainda, uma pesquisa do Scientific American, que embasa o mesmo raciocínio. “Temos testes cognitivos com resultados muito ruins e as máscaras são as maiores causadoras, segundo esse estudo, pois elas deterioram as falas dos bebês e o desenvolvimento da linguagem. Crianças de até 2 anos, por exemplo, não conseguem atingir 50 palavras em sua comunicação. Isso é um absurdo na história da humanidade.”
 

Quadros de depressão e suicídio


Mas não foram só crianças as prejudicadas. O isolamento social afetou a saúde mental dos jovens e o neurocientista acredita estarmos diante de um problema igualmente sério. "Os dois anos em casa, isolados, desencadearam sentimentos de melancolia, de menos valia e ideações de morte. De acordo com uma publicação da ABC News - "O Impacto da Pandemia na Saúde Mental" -, 41% dos universitários estavam com depressão e houve o aumento de 65% do índice de suicídio ou
pensamentos de mortes em 2021.”

José Augusto Nasser
"A criança é um ser social: ela aprende com o que vê. As pessoas mascaradas, à sua volta nas escolas e em todos os seus ambientes, trouxeram para ela profundos comprometimentos cognitivos", explica José Augusto Nasser (foto: Arquivo pessoal)
 

Na observação de José Augusto Nasser, essa parcela jovem da população está anestesiada. “Eles estão sem aquilo que sempre lhes foi característico: a incansabilidade. De repente, o jovem vai perdendo essa energia porque o mundo parou e isso tem uma repercussão psicológica diferente. Muitos não conseguem sair de casa, pois têm medo da doença até hoje. Outros já saem como se o mundo fosse acabar no outro dia e eles têm que aproveitar de qualquer maneira e aí vemos, entre outras coisas, o aumento do consumo de drogas, como também pontua a pesquisa da ABC News, de que um em quatro adolescentes já fizeram uso de drogas em 2021”, diz.


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