Mulher grávida praticando ioga

Mulher grávida praticando ioga

StockSnap/Pixabay

Muitas mulheres acreditam que hábitos saudáveis para grávidas e para quem deseja engravidar se limitam apenas à adoção de uma alimentação equilibrada. Muitas delas pensam, equivocadamente, que a prática de atividades físicas é prejudicial à saúde materna e fetal. Pelo contrário, movimentar o corpo durante a gravidez é benéfico. Previne um parto com intervenções, reduz a probabilidade de cesáreas e partos instrumentais.

Realizar uma avaliação médica e entender de fato se começar os exercícios é o mais recomendado é importante, orienta o professor de educação física William Valadares, da Faculdade Pitágoras. De acordo com o especialista, a prática de atividades físicas pode ser iniciada em qualquer período da gestação e prolongado até o final.

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Por se tratar de um período que exige resistência para o físico materno, devido ao peso extra da barriga e amamentação, exercitar o corpo ajuda a fortalecer a musculatura, aliviando as dores musculares e nas articulações, além de minimizar os prejuízos provenientes do sedentarismo e ganho do peso.

Uma vida não ativa antes, durante e após a gravidez pode desencadear complicações indesejadas, como depressão, sobrepeso, obesidade, diabetes gestacional e diabetes mellitus, problemas cardiovasculares, parto prematuro e distúrbios do sono, cita o especialista.

Quais são os exercícios recomendados?

"O tipo e a sequência de exercícios são indicados conforme o histórico da gestante e, por isso, todo cuidado é pouco. É possível combinar exercícios aeróbicos e de resistência, além de alongamento, para a manutenção da flexibilidade", informa William Valadares.

No geral, em casos em que não há complicações obstétricas, o mais recomendado é a prática diária de, no mínimo, 30 minutos de exercício moderado, o que equivale a 150 minutos por semana.

O professor William Valadares elenca exercícios para praticar na gravidez:

Caminhada

Ótima opção para mulheres que estão se exercitando pela primeira vez. Nesse caso é recomendado praticar pelo menos três a cinco vezes por semana. Se for caminhar ao ar livre, dê preferência para horários com baixa incidência do sol

Corrida leve

Pode ser realizada por mulheres que já tinham uma vida ativa antes de engravidar, porém com leves ajustes. Nessa fase é preciso respeitar as limitações do corpo. Por isso, dois pontos a serem observados: diminuir a intensidade e a quantidade para, pelo menos, três vezes na semana, por 30 minutos

Pilates

Pode ser feito duas a três vezes por semana. Melhora a respiração, a postura, alonga e fortalece os músculos; Hidroginástica É mais inclusiva, indicada para todas as mulheres gestantes sedentárias ou não. De duas a quatro vezes por semana é o mínimo. Ajuda a reduzir as dores nos pés e nas costas, além de diminuir o inchaço das pernas

Alongamento

Recomendada até o dia do nascimento do bebê, essa modalidade pode ser aprimorada a partir do momento em que a mulher adquirir mais elasticidade. No entanto, deve-se evitar alongamentos com grande intensidade

Musculação

Indicada para as mulheres que tenham uma vida ativa, mas a prática deve ser com intensidade ajustada de acordo com o nível de condicionamento da gestante

"Importante observar os sinais. Se a grávida tiver sangramento vaginal, tontura, dor de cabeça, algum desses sintomas ou outra anormalidade, é um alerta para interromper imediatamente os exercícios", complementa William Valadares.

Ele explica os efeitos benéficos de incluir modalidades esportivas durante a gestação. "A prática regular de exercícios pode auxiliar na diminuição do ganho de peso, controlar os níveis glicêmicos e da pressão arterial, além de melhorar o fluxo sanguíneo, o ciclo do sono e ainda, diminuir sintomas depressivos na gestante e puérpera", conclui.