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Estado de Minas VIAS AÉREAS

Novo tratamento muda jornada de pacientes com asma grave

Medicamentos imunobiológicos ajudam brasileiros diagnosticados com a doença respiratória a terem qualidade de vida


03/05/2022 13:57 - atualizado 03/05/2022 14:20

Mulher deitada na cama sentindo falta de ar
Tratamento comum realizado com corticóides pode ser nocivo à saúde (foto: Freepik/Divulgação )

Hoje (3/4) é o Dia Mundial da Asma, doença que afeta 20 milhões de brasileiros e é uma das condições crônicas mais comuns do mundo. Dentre os pacientes, 5% têm asma do tipo grave, uma versão mais agressiva da doença que requer atenção e cuidados especiais.

 

Segundo o pneumologista José Eduardo Cançado, muitos pacientes com asma grave precisam recorrer a altas doses de corticóides e outras terapias de apoio - que nem sempre são eficazes no controle da doença, para controlar sintomas constantes como, falta de ar, tosse, chiado e aperto no peito que interferem nas tarefas corriqueiras do dia a dia.

 

Os corticoides em doses elevadas, explica o especialista, estão associados a uma série de efeitos colaterais graves, como diabetes, obesidade, hipertensão e osteoporose. Imunobiológicos, entretanto, vem inovando, de maneira positiva, o tratamento de várias doenças autoimunes, como no caso da asma grave.

 

De última geração, esses medicamentos biológicos são indicados para tratar os casos da doença que não respondem ao tratamento convencional.

Indicado como tratamento complementar para pacientes adultos, adolescentes e crianças a partir dos 6 anos de idade, os imunobiológicos reduzem os sintomas da doença, melhoram a qualidade de vida do paciente, reduzem as visitas aos prontos-socorros e as internações hospitalares causadas pelas crises de asma.

 

Leia também: Asma atinge mais mulheres: o que falta a ciência esclarecer 

 

"O impacto social e econômico da Asma Grave é muito grande na vida dos asmáticos, já que a doença não controlada causa sintomas que não só debilitam fisicamente como afetam o lado emocional do paciente. Sem contar que a enfermidade também leva a faltas escolares e no trabalho, bem como afastamentos prolongados em razão da enfermidade", salienta o pneumologista.

 

Em pacientes adultos, a condição leva em média 4 anos para ser identificada. E mesmo sendo uma doença crônica que exige tratamento para o resto da vida, 86% dos pacientes só procuram ajuda médica quando os sintomas se agravam.

 

"O paciente precisa ter em mente que, apesar de não ter cura, a Asma Grave pode ser controlada. Para tanto, é necessário manter as consultas médicas em dia, realizar os exames de controle da doença e seguir o tratamento prescrito pelo médico pneumologista. Existem tratamentos eficazes e seguros, mas eles devem ser realizados de forma individualizada, atendendo as necessidades de cada paciente", alerta o médico.

 

Para Raissa Cipriano, diretora da ASBAG (Associação Brasileira de Asma Grave), nem sempre as pessoas compreendem a gravidade dessa enfermidade e reconhecem que ela exige tratamento contínuo ao longo da vida.

"O caminho para mudar esse crítico cenário é conscientizar a população com informação de qualidade.
Como associação, sabemos da importância de empoderar o paciente para que ele reconheça que a adesão ao tratamento e as mudanças de hábitos de vida são essenciais para que ele viva bem com a asma", esclarece.

 

Os medicamentos imunobiológicos para asma grave, aprovados no Brasil pela ANVISA passaram a ter a cobertura obrigatória pelos planos de saúde desde que os pacientes cumpram critérios de elegibilidade para o tratamento.

Dois desses medicamentos também foram incorporados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e estão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde).


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