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Estado de Minas ROBÓTICA

Mater Dei incorpora sistema mais avançado em cirurgias de joelho e quadril

Tecnologia robótica de tomografia computadorizada 3D analisa detalhadamente anatomia dos pacientes, dando mais segurança no procedimento cirúrgico


24/02/2022 17:30 - atualizado 24/02/2022 17:50
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Lúcio Biondi
Lúcio Biondi e a equipe médica do Mater Dei farão duas cirurgias de joelho nesta sexta-feira para 'inaugurar' o sistema Mako na rede hospitalar (foto: Divulgação/Mater Dei)
A partir desta sexta-feira (25/2), a Rede Mater Dei de Saúde contará com o suporte do mais avançado sistema robótico para análise e auxílio na realização de cirurgias de joelho e quadril. A equipe médica da rede hospitalar fará dois procedimentos que darão início a utilização do Mako, um aparelho capaz de detalhar a anatomia do paciente, resultando em cortes mais precisos, assim como maior exatidão em angulações de posição e dimensões de próteses.

Além da segurança médica, a nova tecnologia robótica deve também resultar em ganho funcional, menos dores no pós-cirúrgico, acelerando a recuperação e melhorando a adaptação do paciente aos implantes.

Utilizado nos Estados Unidos há cerca de 15 anos, o sistema Mako é fundamentado em tomografia computadorizada 3D e permite aos ortopedistas elaborar um plano operatório de artroplastia minucioso e individualizado à anatomia de cada paciente.

A artroplastia é um procedimento cirúrgico que substitui a articulação 'doente' por uma prótese e é geralmente adotada em operações ortopédicas de quadril e joelhos - uma opção para tratar adultos que sofrem de doença articular degenerativa.

"Essa informação detalhada, que o médico nunca teve antes, permite que ele faça um balanço completo de toda a articulação. Ao guiar os profissionais durante a cirurgia, a tecnologia Accustop do Mako dá a possibilidade para que os especialistas cortem menos osso, removendo apenas as áreas afetadas, preservando tecidos moles e o osso saudável do paciente", explica o médico do Esporte, Marcos Cenni, coordenador do grupo de cirurgia do joelho da Rede Mater Dei de Saúde.

Coordenador do programa R4 de especialização em cirurgia do joelho, Lúcio Biondi também integra a equipe de cirurgia da rede hospitalar e, junto a Cenni, participou dos treinamentos com o sistema nos Estados Unidos, onde cerca de 1,5 mil robôs similares ao Mako já estão em operação. Biondi comemora a aquisição do sistema e a importância em 'incorporar a tecnologia em favor dos pacientes', além da 'segurança' ao corpo médico.

"Em algumas palestras, médicos experientes compararam a tecnologia como, por exemplo, ao celular. Se antes vivíamos sem eles, hoje eles estão conosco o dia inteiro. Para mim, é como a tecnologia de um carro automático frente ao manual. Cada vez mais notamos a segurança de motoristas com o automático, entre tantas outras tecnologias. No caso da cirurgia, é como comparar com um voo manual e outro por instrumentos. Enfim, é claro que seguiremos fazendo as cirurgias sem ele, se preciso. Mas é uma ferramenta que dá respaldo e confiança no procedimento", avalia.

Cenni ainda ressalta o ganho no planejamento cirúrgico e a segurança na precisão dos cortes ósseos para adaptação da prótese feitos a partir do software do Mako. "O especialista o alimenta com informações sobre os objetivos finais de angulação de posição da prótese. O robô faz essa leitura e nos dá o tamanho exato da prótese a ser usada. Com esses cortes definidos, conseguimos melhor adaptá-la, e diminuímos as chances de erro de escolha do tamanho e angulação do implante. Isso garante um resultado bem mais previsível e, com certeza, um ganho funcional. Na prática, o paciente vai perceber uma melhor qualidade do resultado da cirurgia", explica.

Estudos realizados pela Stryker, fabricante do braço robótico Mako, indicam que a colocação do copo acetabular para a substituição total de quadril com o Sistema Mako demonstrou ser quatro vezes mais precisa do que os procedimentos de substituição total de quadril manual. No caso das cirurgias de joelho usando a tecnologia, estudos clínicos demonstraram a possibilidade de os pacientes sentirem menos dor, necessidade de usar menos analgésicos e menos sessões de fisioterapia e melhora na flexão do joelho em comparação com as técnicas manuais.

"Esse treinamento permite, a nós médicos, uma forma de proporcionar ao paciente uma cirurgia mais segura, principalmente em estabilidade na parte do quadril e  equalização dos membros", comenta o ortopedista João Wagner Pellucci, coordenador da Cirurgia do Quadril do hospital. 

Especialista em Cirurgia e Artroscopia do Quadril, João Lopo destaca ainda que a implementação do braço robótico Mako, aumentando a precisão no procedimento, vai revolucionar as cirurgias de quadril. "Se antes tínhamos uma precisão de 2 ou 3 milímetros, agora temos de 0,5, dando ao paciente mais segurança", argumenta.

"Além de possibilitar um posicionamento mais preciso dos implantes, o que podem levar a uma longevidade maior da prótese, já existem estudos demonstrado melhores resultados clínicos nos pacientes operados por esta técnica. É uma tecnologia que veio para ficar, pois o Mako prioriza a anatomia de cada pessoa, favorecendo resultados cada vez melhores nos nossos pacientes", complementa Lúcio Biondi.


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