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Estado de Minas CÂMARA DOS DEPUTADS

Projeto que altera o Carf é aprovado

PL dá a Fazenda o voto de desempate no Carf, última instância de julgamento de questões tributárias na administração federal


08/07/2023 04:00 - atualizado 08/07/2023 11:40
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Plenário Câmara dos Deputados
Proposta segue para o Senado (foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados )
A Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto de lei que dá ao representante da Fazenda Nacional o voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), última instância de julgamento de questões tributárias na administração federal. A proposta será enviada ao Senado.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Beto Pereira (PSDB-MS), para o Projeto de Lei 2384/23, do Poder Executivo. O texto do relator incorpora parcialmente acordo realizado entre o governo federal e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o tema, com a redução de multas e juros para o pagamento de dívidas em ações julgadas pelo Carf com desempate a favor da União.
 
Segundo a equipe econômica, o retorno do voto de qualidade deve trazer aos cofres na União cerca de R$ 50 bilhões apenas neste ano.
 
Esse acordo foi firmado após a OAB entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Medida Provisória 1160/23, que tratava do voto de desempate.
 
A MP perdeu a vigência sem ser votada. Assim, se o voto de desempate ocorrer, serão excluídas as multas; e o Fisco não representará o contribuinte ao Ministério Público por crime tributário. Essa exclusão valerá para os casos já julgados pelo Carf e ainda pendentes de análise de mérito pelo Tribunal Regional Federal competente na data da publicação da futura lei.
 
O voto de desempate foi invertido a favor do contribuinte desde abril de 2020 pela Lei 13.988/20. “A exigência forçada do crédito tributário é custosa e ineficiente, de modo que se mostra como estratégia fiscal mais adequada o estímulo à autorregularização e ao recolhimento espontâneo do crédito tributário”, disse o relator.

O projeto é um dos principais itens do pacote de ajuste fiscal apresentado por Haddad em janeiro para tentar reequilibrar as contas públicas, que vão retornar ao terreno negativo em 2023 após a expansão de despesas articulada durante a transição de governo.
 
O ministro também precisa do texto para gerar receitas de forma a buscar compensar o crescimento de gastos gerado pelo novo arcabouço fiscal nos próximos anos.


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