Em recado ao grupo liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Janja diz na gravação que a pasta, que cuida do Bolsa Família, é o "coração do governo".
O ministro tem acumulado críticas dentro do Palácio do Planalto, pela frustração com a baixa quantidade de pautas positivas para o governo, e também no Congresso Nacional, por ter travado a liberação de emendas.
A pasta tem R$ 276 bilhões de orçamento --mais do que Saúde e Educação.
Nesta semana, o centrão intensificou a pressão para que o presidente Lula (PT) faça uma reforma ministerial mais ampla, em vez de trocar apenas a ministra Daniela Carneiro (Turismo), que é alvo da União Brasil.
O próprio presidente tem dito a aliados que está decepcionado com o desempenho do ministro do Desenvolvimento Social. No entanto, ele resiste em ceder a principal vitrine social do governo, o Bolsa Família, para o grupo de Lira.

Questionado sobre a pressão por uma reforma ministerial ampla, Lula afirmou nesta quinta-feira (6) que "não é a pessoa que quer vir para o governo que escolhe o cargo, quem escolhe o cargo é o governo".
"Se tiver de fazer acordo com partido político, vou dizer: tenho tal cargo, tal ministério, para saber se você quer participar ou não. Senão você não governa. Não é
o partido que é dono do ministério, é o governo que é dono do ministério. A escolha é do governo", disse, em entrevista ao SBT.
A auxiliares do Planalto, o presidente tem reclamado que Dias precisa estar mais focado e apresentar mais agendas positivas. Por ser o ministério com uma das principais vitrines do governo, Lula esperava que a pasta fosse celeiro de anúncios benéficos para a imagem do presidente, mas não vê isso acontecendo.
Em outra frente, Dias entrou na mira do centrão por não ter, até agora, liberado emendas cobiçadas pelo bloco de partidos de centro e de direita.