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Estado de Minas ASSÉDIO MORAL

Ouro Preto: mulher de procurador é acusada de agredir servidora municipal

Caso aconteceu na última segunda-feira (19/6) dentro de um prédio da prefeitura; esposa do procurador nega as agressões


22/06/2023 15:18 - atualizado 22/06/2023 16:39
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Fachada da Prefeitura de Ouro Preto
Servidora da Prefeitura de Ouro Preto disse que tentava conversar com o procurador do município quando foi surpreendida pela esposa (foto: Google Maps/Reprodução)
A Prefeitura de Ouro Preto, na região Central de Minas, vai investigar uma denúncia de uma servidora que teria sofrido assédio moral e foi agredida fisicamente dentro de um prédio do Executivo do município. Marina Mamede, que trabalha na área de comunicação da Prefeitura e também é influenciadora digital, divulgou o caso nas redes sociais na última terça-feira (20) e alega que foi agredida pela esposa do procurador-geral do Município, Diogo Ribeiro dos Santos, que nega as acusações.

As agressões ocorreram no fim de tarde de segunda (19). Marina foi até o gabinete do procurador-geral para discutir questões relacionadas ao trabalho. Ela alega que Diogo não fazia questão de manter um bom relacionamento de trabalho e queria entender o que estava acontecendo. Trabalhando desde o começo deste ano na prefeitura, a servidora disse que ele foi contra sua contratação e que nunca conseguiu manter um bom relacionamento com Diogo.

“Por trabalhar na Secretaria de Governo, participo de reuniões com toda a prefeitura. É o meu trabalho. Teve uma reunião específica que ele se recusou a participar na minha presença e um secretário que o convenceu a entrar. Ele também foi contra minha contratação. Isso causou um desgaste muito grande que prejudica meu trabalho. Conversei com meu superior e informei que iria falar com ele para resolver a situação”, explicou.

Ao chegar no prédio, Marina foi abordada pela esposa do procurador. Houve uma discussão e a servidora foi agredida verbalmente e fisicamente. Testemunhas disseram que o próprio Diogo foi quem ligou para a esposa dizendo que a vítima estava indo até o local para uma reunião. “Passou um tempo e a esposa dele chegou aos berros. Não sei o que pode ter influenciado o comportamento dela. Nada justifica o que aconteceu”, disse Marina.
A reportagem teve acesso a áudios e vídeos que mostram o suposto momento da confusão. Entre acusações e discussões, o tom da conversa é agressivo. “Todo mundo é contra sua contratação, ninguém gosta de você. Você está louca e fazendo showzinho. Você não tem qualificação nenhuma, toda a prefeitura sabe disso. Eu vou te dar uma coça, eu vou te arrebentar”, teria dito a esposa do procurador. Ao final da gravação, é possível ouvir as agressões. 

Marina registrou um Boletim de Ocorrência e procurou o auxílio de um advogado. Apesar do ocorrido, ela segue trabalhando normalmente na prefeitura. Em nota, a Polícia Civil informou que está investigando o caso.

Procurador nega as agressões


Procurado pela reportagem, Diogo Ribeiro negou as agressões e contou sua versão. “Não houve agressões físicas, houve discussão provocada por ela ter invadido e vindo me questionar por questões pessoais e opiniões sobre o comportamento dela e comentários dela em redes sociais”, disse.

O procurador também negou que tinha um relacionamento ruim com Marina. “Essa moça adentrou sem autorização em meu local de trabalho, inclusive já tinha sido avisada que eu não tinha nenhum assunto a tratar com ela. Essa moça nunca veio à procuradoria, nunca conversou com nenhum procurador municipal e também não tinha nenhum assunto a tratar”, contou.


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