Zema diz ser mal interpretado em fala sobre estados dependentes de auxílio
Governador mineiro foi alvo de críticas ao dizer que estados do Sul e Sudeste têm mais trabalhadores que regiões com população que depende de programas sociais
O governador Romeu Zema (Novo) se retratou após receber críticas por fala apontada como preconceituosa. Neste sábado (3/6), durante o segundo dia do encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Belo Horizonte, o mineiro disse que sua frase sobre os estados das regiões que integram o grupo terem mais trabalhadores que no no restante do Brasil, foi mal interpretada.
Na cerimônia de abertura do 8%u2070 Encontro do Cosud, na sexta-feira (2/6), Zema tratou estados do Sul e Sudeste como motor econômico do país e disse que, nas regiões, há mais pessoas trabalhando do que recebedo auxílio, diferente de outros pontos do país.
Em pronunciamento que abriu o segundo e último dia do encontro, Zema disse que não se expresou da melhor forma e que foi mal interpretado.
"Ontem, por uma questão talvez de não usar as palavras mais adequadas, eu acabei sendo mal interpretado. Porque quem conhece o brasileiro sabe que o que ele quer é um trabalho digno. Ele recebe o auxílio porque não está tendo opção e nós governadores do Sul e Sudeste valorizamos a geração de empregos", afirmou.
Zema foi alvo de críticas pela primeira fala. Nas redes sociais, opositores e políticos trataram a declaração como preconceituosa e xenófobica.
Governador de Minas havia afirmado que Sul e Sudeste são a "solução" para os problemas do Brasil (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a maioria dos estados brasileiros têm mais habitantes com carteira assinada do que pessoas recebendo auxílios.
O encontro do Cosud em Belo Horizonte marcou a formalização do consórcio que busca integrar a gestão dos estados e intensificar a articulação política das Unidades Federativas em Brasília. Participam das agendas, além de Zema, os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Rio de Janeiro, Cláudio Castro; Paraná, Ratinho Júnior (PSD); Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); e Santa Catarina, Jorginho Mello (PL)