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Estado de Minas JUSTIÇA

Moro: 'Não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim'

Em entrevista, Gilmar Mendes afirmou que a condução da Operação Lava Jato, pelo Ministério Público e judiciário, levou a uma ameaça a democracia


09/05/2023 19:00 - atualizado 09/05/2023 19:03

ministro Gilmar Mendes e senador Sergio Moro (União Brasil-PR)
O ministro Gilmar Mendes foi citado pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR), em uma brincadeira, como responsável por vendas de sentenças (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) rebateu o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suas declarações recentes, de que o bolsonarista é quem deve explicações sobre "venda de sentenças".

"Não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim. Combati a corrupção e prendi criminosos que saquearam a democracia. Não são muitos que podem dizer o mesmo neste país", escreveu o senador em suas redes sociais.

Em abril, vazou um vídeo em que Moro, durante evento social, respondeu a uma fala sobre um possível "suborno". "Não, isso é fiança para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes".

Em entrevista à CNN Brasil, Gilmar afirmou que é "curioso" que as imagens foram publicadas no momento em que o ex-juiz Sergio Moro e sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), estão sendo alvos de acusações de vender decisões pelo advogado Rodrigo Tacla Duran.
A fala fez com que o senador se tornasse alvo da Procuradoria-Geral da República, que pediu a condenação dele alegando que o suposto crime ocorreu contra um funcionário público, na presença de várias pessoas, e contra uma pessoa sexagenária.

Curitiba gerou Bolsonaro

Gilmar Mendes, em entrevista ao programa "Roda Viva", afirmou que houve manipulação e ameaça à democracia pela condução da Operação Lava Jato, tanto pelo judiciário quanto pelo Ministério Público.

“Eu até disse que o Brasil em algum momento teve a democracia ameaçada, e não era exatamente pelo Executivo. Depois teve esse fenômeno do Executivo, por essa participação, mas por Curitiba. Se nós olharmos a manipulação que se fazia por Polícia Federal, Receita Federal, investigações subliminares e coisas do tipo, isso era uma prática consolidada de [Sergio] Moro e Deltan Dallagnol e que ameaçava claramente a democracia”, declarou o ministro.

Dallagnol se afastou do caso após a publicação de mensagens que ele, responsável pela acusação, trocou com o então juiz Sergio Moro, encarregado de julgar. 

O ex-promotor acabou concorrendo ao cargo de deputado federal pelo Paraná e sendo eleito. Já o ex-juiz se tornou ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixando o cargo após acusar o líder do Executivo de tentar interferir na Polícia Federal para alterar o delegado responsável por investigações no Rio de Janeiro. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) era um dos alvos.

Durante a eleição, Moro voltou a se aproximar do então presidente Bolsonaro. 


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