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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Lula anuncia pacote de R$ 3 bi para combater violência nas escolas

Recurso foi anunciado na manhã desta terça-feira (18/4); maior parte do recurso é de adiantamentos de pagamentos já previstos


18/04/2023 17:00 - atualizado 18/04/2023 17:47

Alckmin, Lula, Pacheco, Rui Costa, Camilo Santana, Alexandre de Moraes
Governo vai adiantar as transferências de R$ 1,097 bilhão no âmbito do PDDE (Programa Dinheiro Direito na Escola) (foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderou, nesta terça-feira (18/4), uma reunião no Palácio do Planalto com os ministros de estado, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), parlamentares, governadores e secretários de Educação para anunciar um pacote de ações integradas para prevenir a violência nas escolas.


Será dado o apoio federal de R$ 3 bilhões a serem transferidos para estados e municípios. Contudo, não há previsão, entretanto, de que todos esses recursos sejam novos, pois a maior parte é proveniente do adiamentos de pagamentos.


O governo vai adiantar a transferência de R$ 1,097 bilhão no âmbito do PDDE (Programa Dinheiro Direito na Escola). A segunda parcela seria paga em setembro, mas os valores já serão depositados neste mês nas contas das escolas.


Também dentro do programa acontecerá a liberação de R$ 1,8 bilhão relacionados a anos anteriores e que estão parados nas contas das escolas para outras ações. Outros R$ 200 milhões serão direcionados para ações como criação de núcleos psicossociais, municipais, regionais ou estaduais.


As ações foram anunciadas pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT). "Isso é reflexo de uma situação que vivemos na nossa sociedade, que tem estimulado uma cultura de violência, de ódio e de intolerância", disse o ministro, que ressaltou que a situação se agravou pela questão das plataformas digitais”.


Durante a pandemia, o governo Jair Bolsonaro (PL) também usou adiantamentos de pagamentos do PDDE como anúncios de ações para auxiliar as redes.

 

Dos R$ 3 bilhões, houve incremento de R$ 100 milhões no PDDE; R$ 200 milhões do PAR também são novos, segundo Camilo explicou, à tarde, no Encontro Anual Educação Já, promovido pelo Movimento Todos pela Educação em Brasília.


Além disso, o governo vai editar uma resolução para comunicar aos gestores escolares que podem usar, com a finalidade de segurança, os recursos do PDDE represados. A ideia é que as unidades escolares possam fazer gastos para formação, infraestrutura e equipamentos.


Ao longo dos últimos dias, Santana fez reuniões com representantes de secretários de Educação e com outros ministros, como o de Justiça e Segurança Pública e de Direitos Humanos e Esportes. Os encontros foram resultado da criação de um grupo interministerial para tratar o tema na esfera federal.


No início do mês, um homem entrou em uma escola particular em Blumenau (SC) e matou quatro crianças. O caso ocorreu nove dias após o ataque à escola estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, quando um aluno de 13 anos matou uma professora a facadas e feriu outras cinco pessoas, entre elas três docentes.

 

Supostas ameaças de ataques têm alterado a rotina de escolas pelo país. Apesar de a maioria das mensagens serem falsas, pais, alunos e professores relatam medo; especialistas orientam denunciar casos para autoridades.


Participaram a presidente do STF, Rosa Weber, e Alexandre de Moraes, que ainda é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


O ministro da Casa Civil, Rui Costa, iniciou o evento afirmando que os ataques em escolas têm a mesma motivação dos ataques de 8 de janeiro contra os prédios dos Três Poderes, em Brasília.


"Trata-se no fundo da mesma motivação, motivação de ódio, de preconceito, de racismo, pregada durante muitos anos, e que se refletiu no ato no dia 8 e infelizmente agora se manifesta no ataque às nossas crianças e aos nossos adolescentes", disse.

 

O governo federal promete instalar um grupo com ministros, governadores e chefes dos outros Poderes da República para discutir medidas de segurança nas escolas. Segundo Rui Costa, o objetivo é criar uma espécie de "Conselho da República" para discutir diretrizes sobre o tema.


Com relação a investimentos, o governo já havia anunciado edital de R$ 150 milhões para reforço nas rondas escolares. Mas também aconteceram anúncios de formação.


O MEC (Ministério da Educação) vai passar a disponibilizar uma cartilha de recomendações para proteção e segurança no ambiente escolar. A partir da próxima segunda-feira (24), haverá formação pelo ambiente virtual do ministério para gestores e professores implementarem essas recomendações.


Também foi anunciada a chamada Campanha Nacional de Sensibilização e Orientação para Proteção no Ambiente Escola.

 


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