![Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou peruca e se denominou Nikole para realizar fala contra pessoas trans na Câmara dos Deputados(foto: TV Camara/YouTube/Reprodução) Nikolas Ferreira (PL-MG)](https://i.em.com.br/HVwcAFWqZoeWto0Ij-FRcjXGnts=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/03/09/1466860/nikolas-ferreira-pl-mg_1_76881.jpg)
No Dia Internacional da Mulher, Nikolas usou o espaço na Câmara dos Deputados, usando uma peruca amarela, em tom de deboche, e afirmando que tinha "lugar de fala", para fazer um discurso de que as mulheres estão "perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres".
"Esperamos que esse criminoso transfóbico, nojento e perverso do Nikolas Ferreira tenha seu mandato cassado, porque política não é lugar de agredir mulheres, mas de transformar a vida das pessoas nos municípios, nos estados, lugar de quem tem projeto de país, lugar de resolver a vida do povo”, reclamou Iza Lourença.
Defesa de Nikolas Ferreira
O deputado federal afirmou, por meio de nota enviada à imprensa, que sua fala tinha como intuito alertas sobre a perda de espaço das mulheres no esporte para mulheres trans. O parlamentar, ao tentar se defender, afirmou, em outro comentário transfóbico, que a fala foi motivada para "não ter um homem no banheiro feminino".
Leia a nota na íntegra
"O Deputado informa que proferiu discurso tão somente com o intuito de alertar sobre a perda de espaço das mulheres nos esportes para pessoas trans. Homens e mulheres são biologicamente diferentes e possuem corpos diferentes. Negar isso, portanto, é adotar um tipo de negacionismo sem precedentes. Nesse sentido, não houve, em momento algum da fala, o crime de transfobia ou discurso de ódio, mas sim o direito constitucional do parlamentar em expressar sua opinião sobre um determinado tema. Por fim, no que tange às notícias de que o PSB e partidos de esquerda tenham pedido a cassação do mandato, informamos que ainda não recebemos nenhum tipo de notificação, mas é aguardado com tranquilidade, haja vista a certeza de que nenhum crime foi cometido."