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Estado de Minas "NÃO SÃO BANDIDOS"

Deputados defendem terroristas e afirmam que prisões foram ato de covardia

Por meio de vídeos, dois deputados criticaram a forma de atuação do Exército Brasileiro nas prisões dos suspeitos dos atos terroristas em Brasília


11/01/2023 16:03 - atualizado 11/01/2023 16:08


Os deputados federal Cabo Junio Amaral (PL), à esquerda, e estadual Cristiano Caporezzo (PL)
Os deputados federal Cabo Junio Amaral (PL), à esquerda, e estadual Cristiano Caporezzo (PL) (foto: Redes Sociais/Divulgação)
 
Está circulando nas redes sociais vídeos dos deputados federal Cabo Junio Amaral (PL) e estadual Cristiano Caporezzo (PL) , gravados na noite de ontem (10/1) em frente à Polícia Federal (PF) de Brasília, nos quais eles afirmam que as prisões dos supostos golpistas e terroristas foram realizadas de forma covarde e sem respeitar os direitos humanos. Antes de assumirem o cargo legislativo, Amaral e Caporezzo atuaram como cabo da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
 
“Não concordamos com a depredação do patrimônio público, mas é inadmissível que a grande maioria dos manifestantes que são pacíficos sejam presos e tratados como se fossem bandidos”, criticou Caporezzo, ex-vereador de Uberlândia.  
 
“Os bandidos têm os seus direitos humanos respeitados e aqui (PF de Brasília), pelas denúncias que chegaram até nós, os direitos humanos não foram respeitados”, complementou o deputado estadual. Ele considerou covarde a forma como foram realizadas as prisões em frente ao quartel do Exército Brasileiro, em Brasília, e praticadas por integrantes do exército. “Os manifestantes estavam lá há quase 70 dias, sem nada a depredar e faltar com respeito com ninguém.
Não concordamos de chamar todos os manifestantes de terroristas (...) quem depredou tem que sim responder por ter quebrado patrimônio público. Agora tratar inocente e manifestante como se tivesse cometido algum crime é uma perseguição política descarada”.
 
Assim como Caporezzo, o deputado federal Cabo Junio Amaral, também destacou que o tratamento aos suspeitos é inadmissível. “Mas a maior injustiça é a penalização em bloco, a prisão de cidadãos que nada têm a ver com autoria de crime.
 
A maioria das pessoas que estão nem sequer estiveram dentro da sede dos poderes (...) foi uma covardia que eu como policial, tendo visto e participado de centenas de prisões, nunca vi nada sequer parecido, com violação de direitos e com totalitarismo".
 
“Senhores deuses querem amedrontar”
 
“Os senhores deuses que estão decidindo por isso querem amedrontar a atividade política ideológica e o exercício do cidadão de se manifestar. Eles querem intimidar para fazer nos próximos anos de fato uma ditadura disfarçada, se conseguirem, e se não for possível, a ditadura da maneira mais convencional e tradicional que nós conhecemos. O cenário é muito nebuloso”, considerou Amaral.
 
Entenda o caso

Cerca de 4 mil apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estiveram em Brasília neste domingo (8). A multidão de verde e amarelo furou o bloqueio de policiais e correu rumo ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal.
 
Os vândalos quebraram vidraças, mobílias e equipamentos como computadores, impressoras, televisores e câmeras. Nem mesmo um quadro de autoria do pintor Di Cavalcanti e um vitral da artista plástica Marianne Peretti escaparam da ação. Vídeos dos próprios presentes no tumulto mostraram os rastros de destruição ao patrimônio público.

Os eleitores extremistas de Bolsonaro não aceitam a vitória de Lula na votação do dia 30 de outubro de 2022 e pedem intervenção do Exército na política brasileira. 

Para garantir o respeito à democracia e à lei, Lula decretou intervenção federal nas forças de segurança de Brasília até o dia 31 de janeiro. Por sua vez, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou o afastamento por 90 dias do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).


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