Jornal Estado de Minas

INVASÃO AO CONGRESSO

Comentarista da GloboNews: 'Ato golpista teve ensaio técnico'

O comentarista da GloboNews Otavio Guedes afirmou, neste domingo (8/1), que o ataque bolsonarista ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF) teve um “ensaio técnico” no dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).





O comentarista se referia à prisão, na véspera de Natal, do homem suspeito de tentar explodir um caminhão de combustível em Brasília, o que aumentou o clima de tensão em torno da posse do presidente.

Isso porque, na época, petistas, aliados do futuro mandatário e autoridades do país temiam novas tentativas de terrorismo. Na época, foi até mesmo discutido se a desmobilização do acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), no QG do Exército, na capital federal, seria necessária.

Os manifestantes deste domingo (8/1), que invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo, saíram do mesmo local.

Invasão ao Congresso e STF

Inconformados com a vitória do presidente Lula, os manifestantes invadiram o Congresso Nacional e o STF. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro pedem intervenção militar.



Vídeos públicados nas redes sociais mostram vidros quebrados dentro do Congresso.

Vidraças do STF também foram quebradas. Além disso, foi possível ver bolsonaristas dentro fazendo depredações e destruindo câmeras de segurança no teto.Na rede social Telegram, por onde o grupo radical se organiza, a ordem era invadir o STF na esperança de instauração de um estado de sítio.

Confronto com a Polícia 

Manifestantes vestidos de verde e amarelo entraram em confronto com a polícia. Cerca de 100 ônibus com quase 4 mil pessoas saíram de acampamentos em frente ao "QG do Exército".

Imagens do local mostraram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d'água do monumento.

Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.



Com a posse do presidente Lula, o acampamento dos aliados do ex-presidente em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, foi se esvaziando aos poucos.

Na última semana, em torno de 200 pessoas permaneciam no local. Com a chegada dos ônibus, as manifestações voltaram a se tornar uma preocupação para o novo governo.