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Estado de Minas ATIROU NA PF

Bolsonaristas protestam contra prisão de Roberto Jefferson

Apoiadores de Bolsonaro entendem que houve violação da liberdade de expressão na ordem de prisão do aliado do presidente


23/10/2022 20:44 - atualizado 24/10/2022 00:21

Cintia, última à direita, e outros apoiadores de Bolsonaro que protestaram a favor de Jefferson
Cintia, última à direita, e outros apoiadores de Bolsonaro que protestaram a favor de Jefferson (foto: Bruno Luis Barros/EM/D.A Press)
 
Bruno Luis Barros
Enviado especial a Comendador Levy Gasparian (RJ)

Dezenas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) prestaram apoio ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, que se entregou à polícia na noite deste domingo (23/10) em Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, após oito horas de negociações com a Polícia Federal.

Apoiador do chefe do Executivo nacional, o político deixou sua residência sob forte esquema de segurança e recebeu apoio dos bolsonaristas que cantavam "eu sou brasileiro com muito orgulho". Além da PF, agentes da Polícia Rodoviária Federal, do batalhão de choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Bope deram suporte às diligências no município da capital fluminense. 

Mais cedo, ele atirou e jogou uma granada contra um delegado e uma agente, que foram parar no hospital. Eles cumpriam um mandado do Supremo Tribunal Federal (STF) para levar Jefferson de volta para a cadeia.

A reportagem do Estado de Minas registrou o momento em que a viatura da PF foi removida por um serviço de guincho terceirizado. Os tiros atingiram o para-brisa e a lateral direita do veículo. Jefferson disparou mais de 20 tiros de fuzil e lançou 2 granadas contra a PF.

Apesar disso, os apoiadores do presidente entendem que a ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes viola o princípio da liberdade de expressão. 

O pedido de prisão do ex-deputado federal ocorre após ele descumprir determinação judicial de não usar as redes sociais. Anteontem, ele divulgou gravação atacando, com palavras de baixo calão, a ministra Cármen Lúcia por causa de um voto dela em julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O que pensam os apoiadores


Para a empresária do ramo de transportes Izabel Chrystina Porto Lima, de 53 anos, a ofensiva do STF contra Jefferson é uma forte censura. "Estamos vivendo uma ditadura antecipada comandada pelo STF com aval do PT", inicia, destacando que Jefferson merece crédito em decorrência de suas delações que evidenciaram escândalos de corrupção na era petista. 

A empresária do ramo de transportes Izabel Chrystina Porto Lima
A empresária do ramo de transportes Izabel Chrystina Porto Lima (foto: Bruno Luis Barros/EM/D.A Press)
"Larguei meu dia e vim acompanhar. Ele merece esse apoio. Foi ele quem mostrou a cara do Brasil. Ele assumiu os próprios erros em prol de um bem maior. Os escândalos do mensalão e petrolão só vieram à tona por conta dele", finaliza. 

Já a confeiteira Cintia Cristina, de 41 anos, fez questão de enfatizar que está a favor da imprensa e da liberdade de expressão. 

"Nós estamos vivendo a lei da mordaça, não podemos aceitar isso. Independentemente de ser Bolsonaro ou não, nós não queremos a lei da mordaça. Nós temos um parlamento que, hoje em dia, ultrapassa toda e qualquer barreira. Ele prende no sábado, ele prende no domingo, ele não respeita a família, não respeita a nossa Constituição, que está sendo rasgada e jogada no lixo", afirma. 

Para Cintia, Moraes "mandou prender um homem de bem na casa dele". "Eu não concordo com o que ele fez com a polícia, não concordo com a atitude dele. Mas eu acredito que ele defendeu a honra e a família dele. Não estamos aqui para apoiar a troca de tiro, mas nós não aceitamos o Roberto Jefferson ser preso."

"O mundo hoje vê o Brasil como fonte da corrupção graças a ele. Ele foi lá, ele denunciou e, através da denúncia de Roberto Jefferson, nós conhecemos quem é quem na política. E nós estamos lutando pela liberdade dele."



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