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Estado de Minas BUSCA E APREENSÃO

Aliados de Lula ironizam e criticam Moro após operação na casa do ex-juiz

A justiça do Paraná tomou a decisão pela busca na casa do ex-juiz acatando o argumento de que materiais de campanha de Moro violam a legislação eleitoral


03/09/2022 18:37

Sergio Moro
O ex-juiz classificou a operação em sua residência como abusiva (foto: EVARISTO SA / AFP)
Aliados do ex-presidente Lula (PT) ironizaram o mandado de busca e apreensão realizado na residência do ex-juiz e candidato a senador Sergio Moro (União Brasil-PR) neste sábado (3/9).

 

 

 

Quando foi responsável pela Lava Jato, Moro determinou diversas operações policiais contra Lula e seus correligionários. Agora, petistas e simpatizantes aproveitaram a decisão da Justiça Eleitoral do Paraná para fazer troça do ex-magistrado. O ex-chefe do Executivo, porém, não deve comentar o ocorrido, segundo a assessoria.
  
"A terra plana gira e capota: Justiça determina operação judicial na casa de Sergio Moro por campanha eleitoral irregular", escreveu nas redes sociais o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e candidato a deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).
 
 
 
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), também aproveitou a ocasião para criticar o ex-juiz. "Que moral essa gente tem? Nunca conseguem cumprir a lei!!!", publicou.
 
 
 
A juíza auxiliar do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) Melissa de Azevedo Olivas tomou a decisão pela busca na casa de Moro acatando o argumento de advogados do PT de que diversos materiais impressos e das redes sociais da campanha de Moro violam a legislação eleitoral.
 
Isso porque, segundo o advogado Luiz Eduardo Peccinin, que representa a federação petista que dá base à candidatura de Lula, em todo o material de campanha de Moro o nome de seus suplentes estão em tamanho inferior ao exigido pela lei.
 
O deputado federal André Janones (Avante-MG), que recuou da candidatura à Presidência da República para apoiar Lula e tentar mais um mandato no Legislativo, respondeu a publicação em que Moro classifica o mandado como "abusivo".
 
"E eu que achei que tinha aprendido com o senhor que se a decisão emana de um juíz, ela é sempre legal! Que coisa", publicou.
 
 
 
O ex-governador e ex-senador do PT Jorge Viana (PT-AC), que concorre ao governo do estado novamente, também comentou a operação contra Moro nas redes sociais. "Deu ruim, falso juiz Sergio Moro? Nada como um dia atrás do outro, né não?", escreveu.
 
 
 
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi outra que aproveitou a oportunidade para ironizar Moro. "Oi Moro, juiz ladrão, tudo bem por aí em Curitiba?", escreveu.
 
 
 
O senador Humberto Costa (PT-PB), por sua vez, fez um trocadilho e disse que o ex-juiz "desmoronou".
"Urgente! Justiça Eleitoral cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Sergio Moro", informou no Twitter.
 
 
 
O ex-juiz, por sua vez, classificou como abusiva a operação. "Hoje, o PT mostrou a 'democracia' que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria", escreveu no Twitter.
 
Na publicação, porém, o ex-magistrado não informa que o mandado foi determinado pelo TRE-PR, não pelo próprio PT, que fez o pedido à Justiça que acabou sendo acatado.
 
Na decisão, a juíza determinou também a remoção das postagens que estão irregulares no prazo de 48 horas sob pena de multa diária de R$ 5.000.
 
Moro é candidato a senador pelo Paraná. Antes, tentou disputar a Presidência da República, mas acabou recuando e preferindo disputar uma vaga no Legislativo. Ele deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
 
Pouco mais de um ano depois, porém, pediu demissão do governo sob o argumento de que o mandatário estaria trabalhando para violar a autonomia da Polícia Federal, que está sob responsabilidade da pasta que chefiava.
 
A assessoria de Moro disse que "a busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular". "Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão", afirmou em nota.


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