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Estado de Minas AUXILIO

Câmara aprova 'PEC das bondades' em 2° turno, sem alterações

Texto será agora promulgado pelo Congresso, e o governo estima que os aumentos dos benefícios passarão a valer já em agosto


13/07/2022 20:41 - atualizado 13/07/2022 20:51

Câmara dos Deputados, em Brasília
Câmara dos Deputados aprova em 2° turno 'PEC Kamikaze' (foto: Elaine Menke/Camara do Deputados)
Após tramitação conturbada na Câmara dos Deputados, a PEC 15/2022, conhecida como "PEC das bondades" ou "PEC Kamikaze", foi aprovada nesta quarta-feira (13/7) pelos parlamentares por 469 votos a favor, 17 contra e duas abstenções no segundo turno.

 

O projeto aumenta os benefícios sociais pagos pelo governo Bolsonaro em ano eleitoral, e é a grande aposta para a reeleição.

 

Leia: Câmara aprova PEC das Bondades em primeiro turno 

 

Apesar das tentativas da oposição adiar a votação, retirar o estado de emergência do texto e tornar permanente o aumento no Auxílio Brasil, o texto foi aprovado sem alterações. Ele segue agora para ser promulgado pelo Congresso.

 

“A responsabilidade fiscal nos chama, neste momento, a manter o texto que está estabelecido na PEC e deixar o prazo desses 600 reais até dezembro. Por quê? Porque arrecadamos 25 bilhões na capitalização da Eletrobras, arrecadamos mais R$ 40 bilhões nos dividendos da Petrobras, além daqueles R$ 20 bilhões que já estão no orçamento”, discursou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

 

“Portanto, estamos aplicando neste socorro emergencial recursos já arrecadados. Para o ano que vem, ainda vamos ter que avaliá-los”, completou.

 

Leia:  PEC Kamikaze: como os deputados mineiros votaram

 

Oposição se irritou com Lira 

Em vitória da base governista, o texto foi aprovado sem alterações nos dois turnos, o que acelera ainda sua tramitação. A expectativa do governo é que os aumentos nos benefícios passem a valer já em agosto.

 

A oposição, porém, criticou as manobras do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para facilitar a aprovação da PEC.

 

Leia:  TCU investiga ''abuso de poder político e econômico'' da PEC dos auxílios 

 

“O fato é que [Lira] mudou a regra do jogo três vezes. (...) Agora, para garantir voto de deputados que não vieram a Brasília e que são aliados do presidente da Câmara dos Deputados, alteraram para ser completamente virtual”, discursou o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). “Isso é uma vergonha! Nem Eduardo Cunha teve coragem de fazer isso”, completou.

 

Por outro lado, os governistas aprovaram a atitude de Lira. Segundo o deputado Giovani Cherini (PL-RS), o presidente da Câmara “agiu de forma responsável, porque ontem (nesta terça) ‘hackearam’ o nosso sistema. Não sabemos quem foi e não acusamos ninguém. Agora, estão acusando vossa excelência de que mudou a regra do jogo. Não! Vossa excelência fez o que tinha que fazer. Este país precisa tomar decisões”.

 

Leia:  PEC Kamikaze é queda de braço entre governo e oposição

 

Vitória celebrada pelo governo

A PEC 15/2022 é a aposta do governo para aumentar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição, e para mitigar os efeitos da crise econômica atual e do alto preço dos combustíveis.

 

O texto aumenta o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, amplia o vale-gás, cria benefícios para taxistas e caminhoneiros, entre outros benefícios, com custo estimado da medida à União é de R$ 41,25 bilhões.

 

Leia:   PEC 'Kamikaze': mais de mil prefeitos articulam manifestação contrária

 

O governo se organiza para pagar os benefícios a partir do mês que vem, buscando acelerar seu efeito nas pesquisas de intenção de voto. O aumento do Auxílio Brasil passará a valer a partir do dia 18 de agosto, enquanto os benefícios para caminhoneiros e taxistas e o vale-gás passarão a valer no dia 1º do mesmo mês. 


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