O governador negocia a formação de uma coligação para sustentar sua campanha à reeleição. Além do Novo, PP e Agir devem compor o grupo. Mesmo no PL, que tem como pré-candidato o senador Carlos Viana, há setores que defendem o apoio a Zema. Em meio ao imbróglio com Kalil, Zema anunciou, na quinta-feira, a quitação de acordo bilionário com as prefeituras por causa de atrasos nos repasses ligados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Verbas de IPVA e ICMS também foram postas em dia. As cifras estão em torno de R$ 7 bilhões. Há, ainda, a necessidade de honrar parcelas de outro acordo com os municípios, referente a recursos à saúde ainda não despachados.
Zema precisa lidar, ainda, com a polêmica sobre a mineração na Serra do Curral. A autorização do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) ao empreendimento da Tamisa gerou críticas de ambientalistas e foi parar na Justiça. Outra mina na serra, controlada pela Gute Sicht, também é judicialmente questionada pela Prefeitura de Belo Horizonte.
O governador defende o aval dado pelos técnicos de seu governo à Tamisa. "A empresa fez um processo dentro da legalidade, segundo a minha equipe técnica, em quem confio — e confio muito. São pessoas muito capacitadas. Mas, se alguém provar que não é legal, vamos rever, sim. Não sou dogmático. Não sou dono da verdade", disse, em meados de maio.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada em maio apontou que o pré-candidato do Novo tem a preferência de 41% do eleitorado e Kalil, 30%. Enquanto o ex-prefeito de BH firmou acordo com o presidenciável do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, Zema apoia o pré-candidato do seu partido ao Planalto, Felipe d’Avila. Mesmo assim, tem recebido acenos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca reeleição.
Na próxima segunda, às 13h, o participante do “EM Entrevista” será o senador Carlos Viana. Já passaram pelo estúdio outros três pré-candidatos ao governo: Alexandre Kalil, Miguel Corrêa (PDT) e Renata Regina (PCB). Deve disputar o governo de Minas também Saraiva Felipe (PSB), Marcus Pestana (PSDB), Vanessa Portugal (PSTU) e Lorene Figueiredo (Psol).