![Sergio Moro analisou movimentação visando eleições em outubro(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) Sergio Moro](https://i.em.com.br/3y6kYqqOP76uCFjYkSX5_SGJ2FQ=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2022/04/25/1362231/sergio-moro_1_19216.jpg)
O União Brasil indicou o presidente da sigla, Luciano Bivar, como o nome do partido para a disputa presidencial. O partido negocia com o PSDB, cujo pré-candidato oficial é João Doria, e com o MDB, de Simone Tebet, uma candidatura única, a ser anunciada no dia 8 de maio.
Ao participar de sabatina no UOL nesta segunda-feira (25/4), Sergio Moro preferiu não opinar sobre a pré-candidatura de Luciano Bivar e afirmou somente que a decisão precisa ser respeitada. O ex-juiz ainda disse que tem se qualificado no processo como soldado da democracia.
"O partido escolheu o Luciano Bivar como pré-candidato da República, e essa decisão tem que ser respeitada", resumiu.
"Em relação a eventual outra candidatura, isso é uma questão que a gente ainda está discutindo. Pode ser que eu não seja candidato a nada. Eu vim com objetivo de ajudar a romper a polarização e a colocar o Brasil no caminho certo", disse, repetindo o que já havia dito na semana passada.
Sobre os dois pré-candidatos à frente nas pesquisas, Moro foi categórico: "Eu não vejo nem Lula nem Bolsonaro com credenciais suficientemente democráticas". Para ele, com a eleição de qualquer um deles, "o país não se estabiliza e nós corremos o risco de caminhar numa direção errada".
"Mal entendido"
O ex-juiz comentou também ser um "mal entendido" a crise entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio.
Segundo Barroso, as Forças Armadas "estão sendo orientadas para atacar o processo (eleitoral brasileiro)". A fala ocorreu no domingo (24) em videoconferência, durante o Brazil Summit Europe 2022. O ministro disse ainda que os militares tentam desacreditar o processo eleitoral brasileiro e que os ataques ao sistema são "infundados e fraudulentos". O ministro da Defesa rebateu o magistrado: "Ofensa grave a instituições".
"Eu acho que esse episódio é todo um mal entendido e que não vale essa escalada. Espero que esse episódio não escale", comentou Moro.
Em nota, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, afirmou que o ministério "repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia''.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro