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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro elogia coronel condenado por tortura: 'Lutou por democracia'

Presidente fez referência a Brilhante Ustra durante lançamento de pré-candidatura às eleições


27/03/2022 12:39 - atualizado 27/03/2022 12:50

Bolsonaro
Jair Bolsonaro e parceiros durante discurso neste domingo, em Brasília (foto: Reprodução/Partido Liberal)
Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) fez neste domingo (27/03) nova referência a Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado do Exército Brasileiro condenado em segunda instância por tortura e outros crimes em 1971, durante a ditadura militar. Bolsonaro, em discurso que se lançou como pré-candidato à reeleição nas eleições deste ano, em outubro de 2022, disse que Ustra foi um "velho amigo, que lutou por democracia".

"O que me moveu buscar aquele objetivo foi uma reeleição de uma pessoa que não tinha qualquer carisma, que a gente não consegue entender como teve, dentro do TSE, tanto voto. Quis o destino que viesse o impeachment. O meu voto, como todos parlamentares falaram, foi o que mais marcou. Eu não podia deixar um velho amigo, que lutou por democracia, que teve sua reputação quase destruída, sem deixar de ser citado naquele momento", afirmou.

- Leia: Ao lado de Collor, Bolsonaro diz que tem tudo pra mudar o destino do Brasil

Bolsonaro fez referência ao dia 17 de abril de 2016. Na ocasião, o então deputado federal votou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff, presidente à época, e disse, na declaração de voto: "Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff".

"A história não se pode mudar. A história é uma só, e ela foi benéfica conosco, e aquela pessoa eu tinha, por dever de consciência, apresentar", declarou Bolsonaro, neste domingo, no evento em Brasília, organizado pelo PL. Ustra, que negava torturar pessoas mesmo com a condenação, morreu em outubro de 2015, aos 83 anos, vítima de câncer.

Posteriormente, Bolsonaro disse que, atualmente, defende o país de uma ditadura e que o atual governo não dá margem para a corrupção. Ao falar a respeito, no discurso de cerca de 28 minutos, o presidente relembrou que flexibilizou a arma de fogo entre a população brasileira.

"Geralmente, as ditaduras, ou quase sempre, começam no Poder Executivo. Eu nunca vi o Legislativo dar golpe, ou o Judiciário dar golpe, eu nunca vi. Sempre, no mundo afora, os golpes vêm pelo Executivo. E primeiro se desarma a população de bem, o nosso governo age na contramão disso. Não tem nada para acusar o governo, que nós estaríamos buscando censurar o nosso povo ou censurar a mídia brasileira. Nós, com o que tínhamos, de legislação aprovada, ampliamos a posse e o porte de armas de fogo para o cidadão de bem", disse Bolsonaro.


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