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Estado de Minas ELEIÇÕES

Pesquisa diz que Kalil vence Zema se tiver apoio de Lula em Minas

Prefeito de Belo Horizonte estuda aliança com o ex-presidente da República na disputa com o governador


19/03/2022 04:00

Romeu Zema
O governador Romeu Zema subiu nas pesquisas e venceu eleições em 2018 após declarar apoio a Bolsonaro. Prefeito Alexandre Kalil ainda não se decidiu sobre aliança com Lula (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Alexandre Kalil
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
 

Pesquisa Quaest/Genial sobre as eleições para o governo de Minas Gerais deste ano, divulgada com exclusividade pelo Estado de Minas, indica que a disputa poderá ser definida pelas alianças com os candidatos à Presidência da República. Enquanto Alexandre Kalil (PSD) pode ter o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Romeu Zema deve seguir outro caminho com o presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento mostra que neste cenário o prefeito de Belo Horizonte pode ter maior apoio dos eleitores. Num cenário geral, se as eleições fossem disputadas hoje, Zema teria 34% dos votos e Kalil, 21%. No levantamento, 12% responderam que não pretendem votar e 11% estão indecisos, o que pode mudar o atual cenário até outubro.

Mas, caso Kalil faça aliança com Lula, a pesquisa revela que 49% dos eleitores votariam nele. Enquanto 35% mostraram preferência por Zema, se for apoiado por Bolsonaro. Outros 12% não pretendem votar e 4% estão indecisos. Outros 36% preferem que a disputa ao governo de Minas não seja ligada nem a Bolsonaro nem a Lula. Neste cenário, Zema teria 49% das intenções de voto e Kalil 33%.

Lula já manifestou algumas vezes que tem intenção de conversar com Kalil quando o prefeito da capital mineira tomar a decisão definitiva de se candidatar ao Executivo estadual. O ex-presidente disse, inclusive, que o PT deveria ter “maturidade” para não abrir candidatura própria ao governo de Minas e apoiar o prefeito. "Em Minas Gerais, com quem podemos fazer coligação é com o Kalil", afirmou Lula em recente entrevista, garantindo ainda que ainda não conversou com o prefeito de BH e que deverá fazê-lo após 27 de março.

Lula também foi só elogios ao prefeito de BH, a quem chamou de “companheiro” por mais de uma vez durante a entrevista, e lamentou o PT ter feito lançamento “vexatório”, em 2020, da candidatura do ex-deputado Nilmário Miranda (PT), que disputou a eleição municipal com Kalil. "Ele (Kalil) é um companheiro que está fazendo um bom governo", afirmou o ex-presidente.

Na terça-feira passada, Kalil afirmou que está disposto a ter diálogo com Lula. “Vai ser um prazer conversar com todo mundo, principalmente com o presidente Lula, que está liderando as pesquisas e tem um histórico de uma posição social muito clara”, disse.

VIRADA

Por outro lado, o governador de Minas foi eleito em 2018 após seu discurso de apoio a Bolsonaro. Cinco dias antes da votação de primeiro turno, a pesquisa Ibope mostrava Zema em terceiro lugar na disputa, atrás do senador Antonio Anastasia, então no PSDB, e do governador Fernando Pimentel (PT). Horas depois, entretanto, em um debate em uma emissora de televisão, o candidato do Novo ao governo de Minas declarou apoio a Jair Bolsonaro e conseguiu reverter a situação e chegar ao segundo turno e, por fim, ser eleito. Na época, ele adotou o bordão "Bolsozema" na campanha, apesar de não ter recebido apoio oficial e do candidato à Presidência da República pelo seu partido ser João Amoêdo.

Para tentar reeleição, Romeu Zema ainda não chegou a declarar apoio a nenhum pré-candidato ao Palácio do Planalto até agora. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro já afirmou que Zema deve conseguir a reeleição. "Zema deve ser reeleito agora, tranquilo, não é? Todos os meus contatos com ele foram '10'. Até fora do Brasil, nos Emirados Árabes", disse o presidente, durante  entrevista em janeiro.

A pesquisa Quaest/Genial foi realizada entre os dias 11 e 16 de março, com 1.480 pessoas, presencialmente. A margem de erro estimada é de 2.5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada junto à Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-00132/2022.

Torcedores repetem tendência em BH e no interior

O prefeito  Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético, tem a preferência da maioria de cruzeirenses e atleticanos na capital e na região metropolitana na disputa pelo governo de Minas. A pesquisa Quaest/Genial, divulgada com exclusividade pelo Estado de Minas, mostra o chefe do Executivo municipal na frente do governador Romeu Zema (Novo). No interior, a situação se inverte, e Zema toma a dianteira

Kalil tem história no Atlético: além de comandar o voleibol do time entre 1980 e 1983, ele se elegeu presidente do clube no futebol em 2008 e ficou até 2014, seis anos. Mas esse histórico não se mostrou relevante na decisão dos cruzeirenses para as intenções de voto ao governo de Minas. No levantamento, na capital mineira, Kalil sai na frente com 46% tanto com os eleitores do Galo, quanto do Cruzeiro. Enquanto Zema fica com 22% das intenções de votos dos torcedores atleticanos e 21% dos cruzeirenses.

Na região metropolitana, o cenário não muda muito para Kalil entre a torcida do Atlético: 44% para o prefeito de BH e 19% para o governador de Minas. Já entre a torcida do Cruzeiro, a disputa fica acirrada: 33% escolheram Kalil contra 32% de Zema.

Por fim, no interior, o candidato do PSD perde nos dois clubes: 30% dos atleticanos pretendem votar em Kalil contra 32% apontaram intenção de voto para Zema. A diferença é ainda maior entre os cruzeirenses: 43% votam no chefe do Executivo estadual e 18% no municipal.

Economia

O problema mais grave que Minas Gerais enfrenta hoje é a economia, revela a Pesquisa Quaest/Genial. O levantamento apontou ainda que a maioria enfrenta dificuldades para pagar suas próprias contas e que a perspectiva para os próximos meses é de uma piora. Foram listados vários problemas que o estado enfrenta, ranqueados pelo nível de gravidade avaliado pelos entrevistados: economia (31%), saúde/pandemia (21%), infraestrutura da cidade (8%), questões sociais (5%), corrupção/má administração (5%), violência (4%), impostos (3%), enchentes (1%), outros (13%). Não souberam responder (9%).

Os quatro cenários mais indicados foram avaliados para definir o voto nas eleições ao governo de Minas e, em todos eles, o atual chefe do Executivo estadual, Romeu Zema (Novo), aparece à frente do prefeito, Alexandre Kalil e dos demais concorrentes.

Os mesmos problemas foram utilizados também para avaliar o cenário nacional, na disputa para a Presidência da República. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria disparado em todas as questões, seguido por Bolsonaro (PL). Além disso, com a economia apontada como o principal problema, 65% disseram que sua capacidade de pagar as próprias contas nos últimos três meses piorou. Para 21% ficou igual e para apenas 14% melhorou. Diante disso, 52% disseram que a expectativa para os próximos 12 meses é de que a economia brasileira piore. Outros 15% acham que vai permanecer assim e 28% estão positivos e acreditam que vai melhorar. 5% não souberam responder.

Bolsonaro não deve ser reeleito para 68%

A maioria dos eleitores mineiros, 68%, acham que o presidente Jair Bolsonaro não deve ser reeleito em outubro. É o que diz a Pesquisa Quaest/Genial, divulgada pelo Estado de Minas. O levantamento apontou também que 50% dos mineiros avaliam a atual gestão federal como negativa. O governo Bolsonaro é avaliado por 23% dos mineiros como positivo, 25% como regular e 50% como negativo, enquanto 1% não soube responder. Na disputa eleitoral deste ano, 68% apontaram que o presidente não deve ter uma segunda chance, 28% acham que ele merece ser reeleito, 3% não souberam responder.

No levantamento para as eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro aparece em segundo lugar na disputa à Presidência, com 21% das intenções de votos dos mineiros. Ele fica atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece com 46%. Além disso, 9% não pretendem votar e 5% estão indecisos. Na sequência, aparecem os ex-ministros Sergio Moro (Podemos), com 6%, e Ciro Gomes (PDT), com 5%; o deputado federal André Janones (Avante-MG), com 3%; o governado de SP, João Doria (PSDB), com 2%; e os senadores Simone Tebet (MDB) e Alessandro Vieira (sem partido), com 1% cada.



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