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Estado de Minas POLÍCIA FEDERAL

PF afirma que Bolsonaro cometeu crime em divulgação de documentos sigilosos

Inquérito foi aberto depois que Bolsonaro publicou uma cópia da investigação do ataque hacker ao TSE e distorceu informações


28/01/2022 17:47 - atualizado 28/01/2022 18:36

Bolsonaro fala em microfone com a bandeira do Brasil atrás
Presidente Jair Bolsonaro (PL) (foto: PR/REPRODUÇÃO)
A Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve “atuação direta, voluntária e consciente" na prática do crime de violação de sigilo funcional, que é a divulgação de documentos sigilosos aos quais teve acesso em razão de seu cargo.

De acordo com a delegada Denisse Dias Ribeiro, por meio dos elementos colhidos, a PF pôde concluir que Bolsonaro e o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que vazou a documentação para o presidente, cometeram crime.
 

"Os elementos colhidos apontam também para a atuação direta, voluntária e consciente de Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro e de Jair Messias Bolsonaro na prática do crime previsto no artigo 325, §2°, c/c 327, §2°, do Código Penal brasileiro", escreveu a delegada.
 
O relatório parcial foi enviado em novembro pela PF ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 
 
A PF também determinou o indiciamento do ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, pelo mesmo crime.
 
O presidente é investigado no inquérito que apura o vazamento de documentos sigilosos em uma transmissão nas redes sociais. O inquérito foi aberto em agosto de 2021, após Bolsonaro publicar nas redes sociais a cópia da investigação do ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e distorcer informações para alegar supostas fraudes nas eleições.
  
Bolsonaro insiste em afirmar que as eleições de 2018 teriam sido fraudadas, mesmo ele tendo vencido o pleito. De acordo com Bolsonaro, ele teria sido eleito em primeiro turno.
 
Devido à publicação dos documentos, foi aberta uma investigação. Esse caso faz parte do inquérito das fake news, que tem Moraes como relator.
 
A PF intimou Bolsonaro a depor no ano passado. Em 29 de novembro, Moraes deu prazo de 15 dias para que a oitiva fosse realizada.
 
No entanto, quando o tempo estava para esgotar, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu prorrogação, e o ministro concedeu mais 45 dias de prazo.


  


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