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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Definição dos candidatos à Presidência movimenta os partidos políticos

Principais articulações acontecem entre as siglas de centro, focadas na escolha de um nome para a terceira via, alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro


10/10/2021 04:00 - atualizado 10/10/2021 08:36

 Palácio do Planalto
Partidos começam a articulação para a disputa pelo Palácio do Planalto com negociações de nomes para incluir nas urnas (foto: Carlos Altman/EM/D - 1/12/13)
Os movimentos políticos das últimas semanas sinalizam que nenhum outro tema deve tomar mais a atenção dos partidos, daqui por diante, do que as eleições de outubro do próximo ano. Os arranjos estão por todos os lados, e, a partir do perfil dos postulantes a candidatos, é possível prever que a campanha presidencial terá uma temperatura tão ou mais elevada que a de 2018, até hoje lembrada pelas “fake news” e outras ações de desconstrução de adversários.

Políticos de todas as orientações estão envolvidos em uma maratona de conversas. A maior movimentação é entre os partidos de centro, focados na definição de candidatos para uma terceira via, em alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na última quarta-feira, foi dado um passo importante nesse sentido. DEM e PSL aprovaram uma fusão que dará origem a um novo partido, batizado de União Brasil. Além de escolher um candidato para a disputa presidencial, a estratégia visa a formar a maior bancada do Congresso. Os caciques do DEM e do PSL iniciaram uma ofensiva para ter o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro como candidato em 2022.

Além do ex-ministro, há políticos do União Brasil que também pretendem concorrer ao Planalto. São o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG); e o apresentador José Luiz Datena (PSL). Pacheco estava, até pouco tempo, com um pé no PSD. Agora, porém, com a fusão entre o DEM e o PSL, as negociações mergulharam em incertezas.

No PSDB, a definição do pré-candidato presidencial ocorrerá durante prévias marcadas para novembro. Estão no páreo os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além do ex-senador e ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio. Atualmente, o partido vive uma divisão interna, causada pela recente filiação da deputada Joice Hasselmann, ex-PSL. A chegada da ex-bolsonarista ao ninho tucano, chancelada por Doria, desagradou boa parte da militância.

PÉRIPLO   Apontado como favorito pelas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva PT) passou por Brasília na semana passada, em mais uma escala do périplo que tem feito pelo país. Ele tenta articular uma aproximação com legendas de centro, principalmente o MDB e o PSD. Mas, em conversa recente, Gilberto Kassab, presidente do PSD, avisou ao petista que a prioridade da sigla é lançar candidato próprio ao Planalto. A esquerda deve chegar dividida a 2022. A relação entre o ex-ministro e pré-candidato Ciro Gomes (PDT) e o PT fica cada vez mais desgastada, em razão, sobretudo, dos sucessivos ataques do político cearense à legenda de Lula.

Enquanto os adversários se movimentam, o presidente Jair Bolsonaro ainda não definiu a legenda à qual vai se filiar para ter a estrutura partidária necessária à campanha à reeleição. PP, PL, Republicanos e PTB estão no radar. Bolsonaro também tem prosseguido em viagens pelo país para inaugurações de obras e lançamento de programas, no momento em que amarga os piores índices de popularidade como presidente. Segundo as últimas pesquisas, o fato se deve à insatisfação de grande parte da população com os reflexos do fraco desempenho do governo federal na economia, como desemprego recorde, inflação em alta e aumento da pobreza e da fome.


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