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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

União Brasil: fusão DEM/PSL reúne a maior bancada da direita em 20 anos

Convenção conjunta dá passo final para a formação de uma capilarizada legenda, com planos de ocupar os espaços entre Bolsonaro e Lula na corrida presidencial


07/10/2021 07:43 - atualizado 07/10/2021 08:39

Convenção que aprovou a fusão entre o DEM e o PSL
Os presidentes do PSL, Luciano Bivar, e do DEM, ACM Neto, selam a fusão dos seus partidos. Ideia é lançar candidato à sucessão de Bolsonaro (foto: TONINHO BARBOSA)
Em convenções nacionais, o Democratas e o PSL aprovaram, nesta quarta-feira (6/10),  a fusão das duas legendas para criação do União Brasil , que passa a ser o maior partido do Brasil, com 82 deputados e 8 senadores.  O único voto contra foi o do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni. O presidente será o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). O União Brasil, entretanto, só existirá oficialmente após aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora não haja uma posição definida, o novo partido trabalha com a possibilidade de lançar um candidato à Presidência da República em 2022.

“O que vamos discutir no momento oportuno é se vamos ter uma candidatura do próprio partido ou uma candidatura de um partido que se aglutine a nós. Em breve, depois de estar juntos, vamos começar a discutir um nome comum”, disse Bivar. O DEM já tinha dois presidenciáveis, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Bivar concedeu coletiva à imprensa junto com o presidente do DEM, ACM Neto. A expectativa dos dois dirigentes é que o TSE leve de dois a três meses para confirmar a fusão e o nascimento oficial do novo partido.

O PSL tem a maior bancada da Câmara, com 54 deputados. No Senado, tem dois representantes. Já o Democratas tem 28 deputados, a 11ª maior bancada. No Senado, tem seis representantes, além do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. A convenção ocorreu simultaneamente, em dois auditórios, lado a lado. Do lado dos Democratas, a reunião contou com a presença de vários caciques da legenda, como o atual presidente do partido, ACM Neto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o líder do partido na Câmara, Efraim Filho (PB). Além de Lorenzoni, do Rio Grande do Sul, outro integrante do governo Bolsonaro esteve presente: Tereza Cristina (MS), ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que é filiada ao partido.

O principal ponto de divergência de Lorenzoni foi quanto ao direito de voto de parlamentares nas decisões da Executiva Nacional. Ele também defendeu que o partido se posicionasse sobre temas relacionados às eleições de 2022, incluindo um eventual apoio à campanha do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto conduzia a reunião, o presidente do DEM, ACM Neto, reafirmou que o objetivo do novo partido é lançar um candidato próprio ao Palácio do Planalto.

Nome de destaque no DEM, Onyx Lorenzoni (RS) pediu que o União Brasil apoie a candidatura à reeleição de Bolsonaro ou que, ao menos, libere os filiados a apoiarem candidaturas de outros partidos que não a nova legenda. 

Em três requerimentos apresentados à Executiva Nacional, durante a convenção de ontem, Lorenzoni também pediu que os parlamentares tenham direito de voto nas decisões tomadas pela Executiva Nacional da nova legenda. Ele foi o único a votar contra a fusão de PSL e DEM.

Mais tarde, quando os líderes de ambos os partidos já estavam reunidos, o deputado Luciano Bivar, que presidirá o novo partido, indeferiu os pedidos de Lorenzoni. 

“Os três primeiros requerimentos devem ser indeferidos porque têm como finalidade antecipar uma discussão que será posteriormente tomada, quando o União Brasil se reunirá para deliberar sobre o assunto. Portanto, não faz sentido, e é até contrário à legislação  discutir agora apoio a políticos”, disse Bivar.

Lorenzoni é fiel escudeiro do governo e já passou por vários ministérios desde o início do governo. Atualmente, trabalha para se lançar candidato ao governo do estado do Rio Grande do Sul. Para conseguir apoio do eleitorado de Bolsonaro, no entanto, ele precisa apoiar o mandatário em sua árida jornada pela continuidade no Planalto.


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