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Estado de Minas MANIFESTAÇÕES

Jornal inglês: Bolsonaro tenta 'projetar falsa sensação de força' no 7/9

The Guardian publicou artigo neste domingo (5/9) sobre as manifestações convocadas para o Dia da Independência


05/09/2021 12:34 - atualizado 05/09/2021 13:03

Motociata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Toritama, em Pernambuco
Motociata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Toritama, em Pernambuco (foto: Marcos Corrêa/PR)
O The Guardian , um dos maiores jornais britânicos, publicou um artigo, neste domingo (5/9), sobre as manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o feriado de 7 de setembro, Dia da Independência. O jornal destaca que os ultraconservadores vão às ruas defender a soberania do chefe do Executivo e toda a tensão que estes atos podem provocar entre as instituições brasileiras.
 
No texto " Medo de violência nas ruas do Brasil enquanto milhões se reúnem para apoiar Bolsonaro " grupos de extrema-direita elogiam a atuação de Bolsonaro. “Ele está tentando mudar o Brasil”, disse o presidente do sindicato dos agricultores de Sinop (MT), Ilson José Redivo. O ruralista contou ao Guardian que vai a Brasília participar das manifestações.

O jornal ressaltou que o ato vai defender um “líder combativo” que viu sua popularidade despencar após o surto do novo coronavírus que matou mais de 580 mil brasileiros e vários escândalos de corrupção envolvendo sua família e seu governo.

Por outro lado, o jornal também ressalta as preocupações da oposição com as manifestações. “Mas as manifestações alimentaram raiva e apreensão entre os adversários políticos de Bolsonaro, que temem que possa haver caos e violência à medida que apoiadores radicalizados e potencialmente armados, incluindo policiais, inundam as ruas”, diz.

É feita uma comparação com os apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que invadiram o Capitólio, sede do Congresso americano em Washington, durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral nas eleições presidenciais de novembro, que deram vitória a Joe Biden.

“Alguns temem que 7 de Setembro possa vir a ser a resposta do Brasil a 6 de janeiro, o dia em que apoiadores ferrenhos de Donald Trump - o ídolo político de Bolsonaro - explodiram em Washington, deixando cinco mortos. Outros temem que Bolsonaro, um ex-soldado conhecido por sua admiração por líderes autoritários, possa até mesmo estar tramando um autogolpe, pelo qual o presidente democraticamente eleito tenta tomar os poderes ditatoriais.”

O artigo também aponta que a motivação dos atos é uma tentativa de ajudar Bolsonaro a “projetar uma falsa sensação de força” no momento mais fraco desde que assumiu a presidência.

“As pesquisas mostram que mais de 60% dos brasileiros não votariam no Bolsonaro em hipótese alguma na eleição do próximo ano, com o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva aparentemente na frente para vencê-lo. Mesmo em cidades amazônicas como Sinop, onde alguns dos mais ferozes defensores do presidente são encontrados, há indícios de que o apoio está diminuindo, incluindo vários painéis de propaganda do Bolsonaro que foram vandalizados”, escreveu o jornal.

Bolsonaro chegou a dizer que ninguém precisa temer as manifestações e projetou um recorde de pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, com 2 milhões de apoiadores.


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