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Estado de Minas CPI DA COVID

Empresário que vendeu máscaras à PBH fala em prejuízo e nega irregularidade

Eneas Silva Dias deixou de responder várias perguntas dos vereadores e atribuiu negociação de máscaras ao seu tio, que morreu vítima da COVID-19


16/08/2021 12:02 - atualizado 16/08/2021 12:23

Imagem meramente ilustrativa(foto: Reprodução/Pixabay)
Imagem meramente ilustrativa (foto: Reprodução/Pixabay)


A CPI da Covid da Câmara de BH ouviu, nesta segunda (16/8), o empresário Eneas Silva Dias, representante legal da empresa Basic Promo Clothing. A marca venceu uma dispensa de licitação para venda de 100 mil máscaras à prefeitura a R$ 1,99 cada item.

No total, o contrato totalizava R$ 199 mil. De acordo com Eneas, sua empresa teve um grande prejuízo. Ele negou qualquer tipo de irregularidade.

"Entregamos tudo certinho. Foi tudo na lei", afirmou aos vereadores na manhã desta segunda (16/8). Ele disse que toda a negociação com a PBH teve condução do seu tio, Ivan da Silva Azevedo.

O problema é que Ivan morreu recentemente, vítima da COVID-19. Eneas justificou a falta de informação sobre a venda das máscaras pela tragédia familiar.

“Eu montei minha empresa há pouco tempo. (Eu fiquei sabendo) pelo meu tio do processo. Como ele ficou sabendo, eu não sei informar. Ele tinha uma empresa, que era dele, a Mega Têxtil”, disse o representante legal da Basic Promo Clothing.

Ele também entrou em contradição durante o depoimento. Inicialmente, disse que apenas era representante da fabricação das máscaras, ou seja, a produção seria terceirizada.

No entanto, depois o empresário confirmou que participou da fabricação dos itens, todos em tamanho e cores únicos. As máscaras eram do tipo malha e todos os seus lotes tiveram aprovação da prefeitura, segundo Eneas Silva Dias.

Sobre o prejuízo, ele afirmou que a culpa foi da falta de planejamento.

 

“Nós fizemos um cálculo de 100% (de lucro). Mas, depois, tivemos que colocar mais 50% nesse valor (de custo). Nesse valor de R$ 199 mil, acabamos gastando uns R$ 150 mil. Dos R$ 50 mil que sobraram, acabamos gastando com gasolina, corre ali, corre aqui... Não faria isso mais”, disse o empresário.

Essa foi a primeira vez que a Basic Promo Clothing vendeu máscaras ao poder público, segundo Eneas. Na dispensa de licitação da prefeitura, a empresa ofereceu o menor preço unitário, conforme o Diário Oficial do Município (DOM).

Para efeito de comparação, o segundo menor preço da concorrência foi da Capital Comércio: cada máscara de tecido a R$ 2,50, uma diferença de porcentual de 25%.

 

Ao lado do advogado, Eneas deixou de responder vários questionamentos dos vereadores sobre a negociação com a PBH, como o e-mail de confirmação da contratação.

 

Eneas e seu advogado ficaram de fornecer à CPI documentos que comprovem a venda das máscaras. 


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