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Estado de Minas POLÍTICA

Bolsonaro: Bolsa Família foi grande sustentáculo [do PT] nas eleições

Apesar das críticas a Lula, o presidente defendeu a escolha do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-aliado do petista, para a Casa Civil


27/07/2021 22:11 - atualizado 27/07/2021 22:11

Bolsonaro também reforçou discursos de campanha como as críticas ao educador Paulo Freire(foto: EVARISTO SA / AFP)
Bolsonaro também reforçou discursos de campanha como as críticas ao educador Paulo Freire (foto: EVARISTO SA / AFP)
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse reconhecer nesta terça-feira (27) a influência eleitoral que programas de assistência social têm no Brasil. Em entrevista à Rede Nordeste de rádio, o presidente disse que o Bolsa Família dá suporte às intenções de voto para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Ele Lula juntou uma série de programas e num novo nome criou o Bolsa Família. Então o povo necessitado foi grato aí no tocante a isso. Acredito que o Bolsa Família foi o grande sustentáculo por ocasião das eleições", disse o presidente.

Junto com a equipe econômica, Bolsonaro disse que estuda ampliar o benefício pago pelo programa em cerca de 60%, de R$ 190 em média para o mínimo de R$ 300 a partir de dezembro de 2021, às vésperas do período eleitoral no próximo ano. Segundo informou, a ampliação do valor do programa atenderá cerca de 22 milhões de pessoas.

 

"Eu perdi em todos os Estados do Nordeste", relata Bolsonaro sobre o resultado das eleições de 2018. "No Norte, perdi apenas no Pará e nos demais eu ganhei. E a diferença foi apertada. Ou seja, levo de goleada no Nordeste", concluiu Bolsonaro sobre o reduto petista.

Apesar das críticas a Lula, o presidente defendeu a escolha do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-aliado do petista, para a Casa Civil do Governo. Segundo o presidente, "as pessoas mudam". "Ciro está feliz. Ele disse para mim que o sonho da vida dele é ocupar um ministério como esse", afirmou.

Na entrevista, Bolsonaro também reforçou discursos de campanha como as críticas ao educador Paulo Freire e a casais homossexuais. "Você não vê um presidente da República hoje em dia assistindo dois homens se beijando. Se dois homens quiserem se beijar, que fiquem à vontade entre quatro paredes na sua intimidade, mas em público? Não se vê mais isso", emendou.


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