O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), saiu em defesa do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), no entrevero entre o parlamentar e as Forças Armadas. Na avaliação de Ramos, a nota emitida pelo ministério da Defesa na noite de quarta-feira, 7, é uma tentativa de constranger o Parlamento. Outros parlamentares se manifestaram no mesmo sentido.
"Não houve nenhum crítica do senador Omar às Forças Armadas. A crítica foi a militares afastados de suas funções e hoje a serviço do governo, alguns deles suspeitos de corrupção na compra de vacinas. A nota é desproporcional e configura tentativa de constranger o Parlamento", publicou o vice-presidente da Câmara no Twitter na noite desta quarta.
O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os comandantes das Forças Armadas emitiram nota conjunta com críticas a Aziz. Para eles, o presidente da CPI desrespeitou as Forças Armadas ao supostamente generalizar envolvimento de integrantes dessas instituições em esquemas de corrupção. "As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro", diz trecho do texto.
OAB
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, também se manifestou pelo Twitter. "É o respeito à Constituição que garante estabilidade, democracia e liberdade. O Legislativo, por meio da CPI, cumpre função de fiscalizar a administração pública - todos que a compõem. Descabida é toda tentativa de intimidar o Senado por estar cumprindo seu papel constitucional", escreveu.
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