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Estado de Minas DANÇA DAS CADEIRAS

Em dois anos, Bolsonaro promoveu 22 trocas de nomes em ministérios

Apesar das trocas, nem todos os ex-ministros desembarcaram do Planalto


30/03/2021 04:00 - atualizado 30/03/2021 07:41

Bolsonaro já promoveu a troca em 22 ministérios(foto: AFP)
Bolsonaro já promoveu a troca em 22 ministérios (foto: AFP)

A ampla reforma no governo anunciada nessa segunda-feira (29/03) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elevou para 22 o número de trocas nos ministérios. Apesar das trocas, nem todos os ex-ministros desembarcaram do Planalto.

Isso porque, além de André Mendonça, Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos, que ontem deixaram suas pastas para assumir outras, há o caso de Onyx Lorenzoni, um dos “escudeiros” do presidente.

O ex-deputado gaúcho já foi mudado de função algumas vezes. Primeiro, liderou a Casa Civil por um ano, até ser tornar ministro da Cidadania em fevereiro de 2020. Nesse ano, foi deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Há, também, os que migraram para outros postos de destaque. Jorge Oliveira, ex-secretário-geral da Presidência, partiu para o Tribunal de Contas da União (TCU).

O antecessor, Floriano Peixoto, foi presidir os Correios. (Veja todas as trocas ao fim deste texto.) A primeira mudança no governo Bolsonaro ocorreu menos de dois meses após a posse. Gustavo Bebianno, “fiador” da candidatura do capitão reformado, foi demitido da secretaria-geral da Presidência.

Se os laços com Bolsonaro não foram capazes de segurar Gustavo Bebianno no Palácio do Planalto, a boa avaliação popular de Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro também não bastou para evitar rotas de colisão com o presidente.

Tidos como duas das principais “estrelas” do governo federal, eles saíram há quase um ano. Em 8 de abril do ano passado, Mandetta deixou a Saúde após divergir publicamente do presidente sobre a necessidade de cumprimento das medidas restritivas necessárias para barrar o coronavírus.

Defensor de atos respaldados pela ciência, o médico viu o presidente minimizar o vírus por diversas ocasiões. Eles, agora, são ferrenhos opositores. Ex-juiz, Moro pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública poucos dias após Mandetta. Ele saiu acusando Bolsonaro de tentar interferir no trabalho da Polícia Federal.

Pasta mais importante do país desde março do ano passado, quando a pandemia do novo coronavírus passou a assolar fortemente o Brasil, o Ministério da Saúde foi o que mais mudou de mãos: foram quatro comandantes em menos de um ano. Depois de Mandetta, veio o oncologista Nelson Teich, que durou menos de um mês.

Ele foi substituído pelo general Eduardo Pazuello, tido como especialista em logística. Apenas em setembro, contudo, o general foi efetivado. A pressão sobre Pazuello nunca recrudesceu e, em neste mês, ele acabou trocado pelo cardiologista Marcelo Queiroga. Ricardo Vélez Rodríguez e Abranham Weintraub passaram pelo Ministério da Educação, e Marcelo Álvaro Antônio pelo Turismo.

Mudanças desde o início

Trocas ministeriais no governo Bolsonaro
  • Gustavo Bebianno –  deixou a Secretaria-Geral da Presidência – fev/19
  • Ricardo Vélez Rodríguez – deixou o Ministério da Educação – abr/19
  • Carlos Santos Cruz – deixou a Secretaria de Governo – jun/19
  • Floriano Peixoto – deixou Secretaria-Geral da Presidência – jun/19
  • Onyx Lorenzoni – deixou Casa Civil – fev/20
  • Osmar Terra – deixou o Ministério da Cidadania – fev/20
  • Gustavo Canuto – deixou o Ministério do Desenvolvimento Regional – fev/20
  • Luiz Henrique Mandetta – deixou o Ministério da Saúde – abr/20
  • Sergio Moro – deixou Ministério da Justiça e Seg. Pública – abr/20
  • André Mendonça – deixou a Advocacia-Geral da União – abr/20
  • Nelson Teich – deixou o Ministério da Saúde – mai/20
  • Abraham Weintraub – deixou o Ministério da Educação – jun/20
  • Marcelo Álvaro Antônio – deixou o Ministério do Turismo – dez/20
  • Jorge Oliveira – deixou a Secretaria-Geral da Presidência – dez/20
  • Onyx Lorenzoni – deixou o Ministério da Cidadania – fev/21
  • Eduardo Pazuello –  deixou o Ministério da Saúde – mar/21
  • Com as seis alterações de ontem, somam-se 22 mudanças em dois anos


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