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Estado de Minas PANDEMIA

Guedes sobre vacinação contra COVID-19: 'Atrasada desde o Mandetta'

Ministro da Economia diz que 'nunca faltou dinheiro' para a compra de imunizantes e argumenta que responsabilidade pela crise sanitária é coletiva


17/03/2021 09:58 - atualizado 17/03/2021 11:20

'É muito fácil atribuir a A ou a B. Nós temos que responder a essa crise coletivamente', argumentou Guedes(foto: José Cruz/Agência Brasil)
'É muito fácil atribuir a A ou a B. Nós temos que responder a essa crise coletivamente', argumentou Guedes (foto: José Cruz/Agência Brasil)
Para o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a responsabilidade pela crise sanitária instalada no Brasil, que enfrenta o pior momento da pandemia de COVID-19, é coletiva e remonta à gestão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta

 “A entrega da vacina não está atrasada só agora não. Desde aquela época (do Mandetta), já deveríamos estar comprando vacina, não é mesmo? O dinheiro estava lá. Então é muito fácil atribuir a A ou a B. Nós temos que responder a essa crise coletivamente”, afirmou Guedes em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (17/3) à CNN. 

Hoje crítico à condução da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Mandetta comandou o Ministério da Saúde de 1º de janeiro de 2019 a 16 de abril de 2020. Ele deixou o cargo após discordar de Bolsonaro sobre o uso de cloroquina no combate ao coronavírus. 

Segundo Guedes, os recursos para a compra de imunizantes foram liberados pelo legislativo e pelo governo federal desde o início da epidemia. 

“Não adianta as pessoas quererem subir em cadáveres para fazer política. No primeiro dia (da oficialização da pandemia), nós demos R$ 5 bilhões. No dia em que houve a comunicação. O Ministro ainda era o Mandetta. No dia em que ele comunicou, ele saiu do Congresso com R$ 5 bilhões no bolso. Nunca faltou dinheiro”, ponderou. 

“Era possível ter sido mais rápido? Sim. Era possível que a mídia fosse mais construtiva? Era possível que os governadores ajudassem também? O dinheiro foi para os estados. Então, por que os leitos foram desativados? Pois todos nós achávamos que a pandemia estava indo embora.”, complementou o dirigente. 

Nesta terça-feira (17/3), o país registrou o 18° recorde consecutivo de mortes pela doença. Foram 2.798 mortes pela COVID-19 em 24 horas -  282.400 óbitos desde o início de março de 2020. O infectados somam 11.609.601, 84.124 deles confirmados na terça (17/3). Segundo a Fiocruz, o Brasil passa pelo maior colapso hospitalar da história. Em 25, das 27 unidades da Federação, a ocupação das UTIs ultrapassa 80%. Dezesseis estados registram lotação acima de 90%. 

Auxílio emergencial

Guedes comentou também a liberação do auxílio emergencial, autorizada nesta segunda-feira (15/3) pelo Congresso por meio da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) Emergencial 109. Para o ministro, o benefício é crucial para que 38 milhões de brasileiros que hoje atuam na informalidade consigam aderir ao isolamento social imposto pelo agravamento pandêmico. 

Ainda segundo o gestor, além do auxílio, o governo quer repetir programas que demonstraram bons resultados no ano passado e impediram que a queda da atividade econômica fosse ainda maior que 4,1%.

Entre eles, Guedes cita o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que distribuiu crédito para os empreendedores, e do Benefício Emergencial que, na avaliação do  ministro, preservou 11 milhões de empregos.

“Em vez de dar seguro-desemprego, em que você espera a pessoa ser demitida para dar R$ 1,1 mil, que é o salário-mínimo, vamos nos antecipar. Vamos dar a metade desses recursos para ele continuar empregado”, explicou. 


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