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Estado de Minas ELEIÇÕES 2020

Eleições 2020: Paes (DEM) vence Crivella (Republicanos) e é eleito prefeito do Rio

Candidato do Democratas levou a melhor com 64,07% dos votos, contra 35,93% do atual chefe do Executivo da capital fluminense e postulante do Republicanos


29/11/2020 18:44 - atualizado 29/11/2020 20:11

Eduardo Paes era o favorito para vencer as eleições municipais do Rio em 2020, de acordo com pesquisas(foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
Eduardo Paes era o favorito para vencer as eleições municipais do Rio em 2020, de acordo com pesquisas (foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
Eduardo Paes (DEM) é, novamente, o prefeito do Rio de Janeiro. Quase três anos depois de deixar a cadeira da chefia do Executivo municipal, o candidato do Democratas voltará a assumir a gestão da capital fluminense após vencer o postulante à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos) por 64,07% dos votos contra 35,93% do adversário.
 
 
Após cumprir dois mandatos consecutivos, entre 2008 e 2016, Eduardo Paes deixou a Prefeitura do Rio de Janeiro, quando Crivella o substituiu, após vencer as eleições do último ano citado. Naquela ocasião, Paes apoiou Pedro Paulo (MDB) para o substituir no Executivo municipal, mas o candidato sequer chegou ao segundo turno, que foi disputado por Marcelo Crivella e Marcelo Freixo (Psol). O candidato do, na época, PRB, levou a melhor.

Durante o primeiro turno, Eduardo Paes liderou todas as pesquisas e obteve 37,01% dos votos, contra 21,90% de Marcelo Crivella. Em 2018, Paes tentou ser governador do Rio de Janeiro, conseguiu ir para o segundo turno contra Wilson Witzel (PSC), mas o adversário - hoje, afastado do cargo - levou a melhor.

Apoios

Eduardo Paes, durante a campanha, recebeu apoio de diversos setores populares, como escolas de samba, principalmente da Portela, para quem torce no Carnaval do Rio. Já Marcelo Crivella sempre buscou seu “porto seguro” no Palácio do Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a gravar um vídeo ao lado do candidato do Republicanos pedindo para que os cariocas votassem em Crivella.

No segundo turno, no entanto, formou-se uma “frente ampla” contra a reeleição de Marcelo Crivella. Vários partidos, políticos de esquerda e artistas declararam “apoio crítico” a Paes, contra a vitória do candidato do Republicanos. O PT carioca, por exemplo, destacou que o postulante do Democratas está "distante das bandeiras defendidas" pelo Partido dos Trabalhadores, mas que "derrotar Crivella e Bolsonaro é decisivo".

O Psol, que foi derrotado no primeiro turno, com sua candidata Renata Souza, não declarou um apoio aberto a Paes, mas orientou seus eleitores para que não dessem "nenhum voto em Crivella", destacando que seria oposição a qualquer um dos eleitos. O "apoio crítico" do partido foi endossado pelo deputado federal Marcelo Freixo e por Tarcísio Motta, vereador mais votado do Rio.

“A única coisa certa é que seremos oposição. Uma oposição responsável, que tem como foco o projeto de uma cidade feita por e para as pessoas. Amanhã, o PSOL decide de forma coletiva a posição do partido sobre o 2%u2070 turno. Defenderei pelo Crivella nunca mais!”, publicou Tarcísio em uma rede social.

Outro partido que declarou um “apoio velado” a Eduardo Paes foi o PSB. O presidente regional da legenda, o deputado federal Alessandro Molon, disse que Crivella foi o “pior prefeito que o Rio já teve” e orientou eleitores para que não votassem no candidato do Republicanos.

"No Rio, o importante agora é derrotar Crivella: além de ser o pior prefeito que o Rio já teve, é o candidato de Bolsonaro. Primeiro turno é voto, segundo turno é veto: Crivella não!", disse Molon.

Também foi elaborado um manifesto, assinado por mais de 170 artistas, que apoiou a vitória de Paes. Entre as personalidades, estavam nomes como o de Gilberto Gil e Elza Soares.

Já em relação aos apoios formalizados de forma oficial, está o PSD fluminense. O partido esteve na chapa de Luiz Lima (PSL) representado pelo delegado Fernando Veloso. Lima é alinhado com o presidente Bolsonaro, que apoiou a candidatura de Crivella. 

O PSD propriamente dito, por sua vez, também abriga políticos que apoiam abertamente Bolsonaro, como é o caso de Gabriel Monteiro, ex-policial militar e youtuber, eleito vereador da capital fluminense. Monteiro, infectado pela COVID-19, no entanto, não esteve na solenidade entre PSD e Paes. 

"Lamento a ausência dele (no evento que selou o apoio do PSD a Paes), que está com COVID, gostaria dele aqui, nesse momento de união", afirmou o candidato do Democratas.

Quem é Eduardo Paes?

Nascido em 14 de novembro de 1969, Eduardo da Costa Paes se formou em direito, porém, não encontrou com pedido de registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Paes começou na política sendo subprefeito de bairros do Rio de Janeiro, até ser secretário de Meio Ambiente na gestão César Maia no Executivo municipal.

Paes também foi vereador e deputado federal antes de se eleger pela primeira vez prefeito do Rio de Janeiro, em 2008. Em 2012, foi reeleito e esteve à frente da cidade na organização das Olimpíadas, em 2016. e na Copa do Mundo, em 2014.


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