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Estado de Minas PESQUISA DA UFRJ

Pandemia é pior nas cidades governadas por apoiadores de Bolsonaro

Pesquisadores cruzaram dados de 5.570 cidades do país e constataram correlação de forças entre o apoio ao presidente e o aumento de casos da doença


13/10/2020 09:18 - atualizado 13/10/2020 10:24

Em março, logo no início da pandemia, Bolsonaro classificou o novo coronavírus como 'fantasia'(foto: Sérgio Lima/AFP)
Em março, logo no início da pandemia, Bolsonaro classificou o novo coronavírus como 'fantasia' (foto: Sérgio Lima/AFP)

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com  Instituo Francês de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD), divulgou pesquisa  que aponta o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como responsável pela piora da pandemia do coronavírus. A hastag #efeitobolsonaro está entre os assuntos mais comentados no Twitter na manhã desta terça-feira (13).


Pesquisadores da universidade, ao analisar a expansão da COVID-19 nos 5.570 municípios do país, constataram a correlação entre a preferência pelo presidente e o aumento de casos da doença.

Segundo a pesquisa, para cada 10 pontos percentuais a mais de votos para Bolsonaro há um acréscimo de 11% no número de casos e de 12% no número de mortos.

O texto da pesquisa destaca que a COVID-19 tem causado mais estragos nos municípios mais favoráveis ao presidente.

“Podemos pensar que o discurso ambíguo do presidente induz seus partidários a adotarem com mais frequência comportamentos de risco (menos respeito às instruções de confinamento e uso da máscara) e a sofrer as consequências,” avaliam os pesquisadores.

Bolsonaristas


A reportagem da Folha de S.Paulo, com a divulgação da pesquisa da UFRJ, destaca ainda que a  influência de Bolsonaro sobre o comportamento de seus eleitores, apurada neste estudo em particular, vai ao encontro do resultado obtido por outras instituições.

De acordo coma reportagem, resultados semlehantes foram apontados em trabalhos de pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP).

Esse estudo concluiu que em praticamente todas as ocasiões em que o presidente minimizou a pandemia, a taxa de isolamento social no Brasil diminuiu, e mais pessoas se contaminaram e morreram, proporcionalmente, nos municípios em que Bolsonaro obteve uma melhor votação na eleição de 2018.


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