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Estado de Minas DECISÃO DO STF

Bolsonaro não poderá depôr por escrito no inquérito sobre interferência na PF

Decisão foi do ministro Celso de Mello; Sérgio Moro ainda poderá fazer perguntas ao presidente


11/09/2020 11:38 - atualizado 11/09/2020 11:46

Bolsonaro e Moro na época em que o ex-juiz ainda fazia parte do governo(foto: Carolina Antunes/PR)
Bolsonaro e Moro na época em que o ex-juiz ainda fazia parte do governo (foto: Carolina Antunes/PR)
O decano do STF, ministro Celso de Mello, negou ao presidente Bolsonaro a possibilidade de depoimento por escrito no inquérito que investiga a possível interferência política do Executivo na Polícia Federal. A determinação foi assinada na manhã desta sexta-feira (11).

A justificativa de Mello foi que depoimento por escrito é uma opção para testemunhas ou vítimas, não para investigados - como é o caso de Bolsonaro. O depoimento do presidente será oral - ainda não definido se presencialmente ou por vídeoconferência. Se preferir, também poderá permanecer calado.

"Por ostentar a condição de investigado, não dispõe de qualquer das prerrogativas (próprias e exclusivas de quem apenas figure como testemunha ou vítima) a que se refere o art. 221, “caput” e § 1º, do CPP, a significar que a inquirição do Chefe de Estado, no caso ora em exame, deverá observar o procedimento normal de interrogatório (CPP, art. 6º, inciso V, c/c o art. 185 e seguintes)", diz a decisão.

O ex-ministro Sérgio Moro, que oficialmente fez as acusações contra o presidente, poderá, ainda, formular perguntas durante o depoimento. A notificação aos advogados de Moro ficará a cargo da Polícia Federal.

Em abril, quando deixou o governo, o ex-juiz Sérgio Moro acusou Bolsonaro de pressioná-lo para demitir o superintendente da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e para trocar o responsável pela Superintendência no Rio de Janeiro.


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