
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada na noite desta quinta-feira (23), técnicos do COE alertaram o governo sobre a possibilidade de as reservas ficarem paradas. “Devido à atual situação não é aconselhável trazer uma quantidade muito grande, pois caso o protocolo venha a mudar, podemos ficar com um número em estoque parado para prestar contas", diz o documento obtido pela Folha.
Além disso, novas distribuições da cloroquina estariam previstas entre julho e agosto, mas a ata não apontou os locais e quantidades. "Com isso, ficou em estoque para devolução 1.456.616, estamos aguardando maiores definições para proceder ou não o recolhimento", mostra o registro do encontro.
De acordo com a reportagem, algumas mudanças nas orientações para ampliação da oferta da cloroquina foram apenas comunicadas ao comitê por alguns membros do ministério, sem que técnicos pudessem decidir sobre as medidas.
A hidroxicloroquina não tem eficácia comprovada no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, conforme estudos científicos publicados em vários países. Sobre o caso, o Ministério da Saúde informou que “o uso de qualquer medicamento compete à autonomia e orientação médica, em consonância com o esclarecimento e consentimento do paciente”.
