(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Flávio e Carlos Bolsonaro pagaram R$ 31 mil em dinheiro a corretora de valores

Uso do dinheiro foi relatado pelos próprios filhos do presidente Bolsonaro à Justiça; para MP, prática evidencia 'rachadinha' no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa de SP


postado em 12/06/2020 10:57 / atualizado em 12/06/2020 12:22

Irmãos são suspeitos de envolvimento em 'rachadinha'(foto: Flickr)
Irmãos são suspeitos de envolvimento em 'rachadinha' (foto: Flickr)
O senador Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pagaram R$ 31 mil com dinheiro vivo para cobrir prejuízos que tiveram em investimentos feitos na bolsa de valores por meio de uma corretora. O pagamento foi feito em maio de 2009, no período sob investigação do Ministério Público por suposta “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Carlos também é alvo das investigações após suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara Municipal do Rio. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (12) pela Folha de S. Paulo. 

O uso do dinheiro foi relatado, pelos próprios filhos do presidente Bolsonaro, à Justiça de São Paulo. Os dois acusam um operador da corretora de realizar investimentos em desacordo com suas orientações. Ambos perderam a ação em primeira instância. O pagamento cobriu prejuízo do investimento iniciado em 2007. Carlos declarou ter repassado R$ 130 mil à Intra, e Flávio, R$ 90 mil.

Segundo documentos do processo, ambos foram informados que cada um tinha um débito de R$ 15 mil para quitar. Na ação, o filho 01 do presidente, afirma que foi informado pelo gerente da mesa de operações da corretora sobre o débito. O senador afirma que a entrega do dinheiro ocorreu em sua casa.

Pelo pagamento ter sido feito em dinheiro vivo, o MP aponta evidência sobre a existência da “rachadinha”no antigo gabinete do senador na Assembleia.


Entenda


De acordo com os promotores do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), o operador do esquema era o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. As investigações apontam que alguns assessores do senador sacavam seus salários e repassavam para Queiroz. Essas transações, para os promotores, eram a forma de lavagem do dinheiro.

Vale relembrar que o MP desconfia  que parte do dinheiro vivo tinha como destino o próprio senador.
 
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)