
O uso do dinheiro foi relatado, pelos próprios filhos do presidente Bolsonaro, à Justiça de São Paulo. Os dois acusam um operador da corretora de realizar investimentos em desacordo com suas orientações. Ambos perderam a ação em primeira instância. O pagamento cobriu prejuízo do investimento iniciado em 2007. Carlos declarou ter repassado R$ 130 mil à Intra, e Flávio, R$ 90 mil.
Segundo documentos do processo, ambos foram informados que cada um tinha um débito de R$ 15 mil para quitar. Na ação, o filho 01 do presidente, afirma que foi informado pelo gerente da mesa de operações da corretora sobre o débito. O senador afirma que a entrega do dinheiro ocorreu em sua casa.
Pelo pagamento ter sido feito em dinheiro vivo, o MP aponta evidência sobre a existência da “rachadinha”no antigo gabinete do senador na Assembleia.
Entenda
De acordo com os promotores do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), o operador do esquema era o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. As investigações apontam que alguns assessores do senador sacavam seus salários e repassavam para Queiroz. Essas transações, para os promotores, eram a forma de lavagem do dinheiro.
Vale relembrar que o MP desconfia que parte do dinheiro vivo tinha como destino o próprio senador.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
