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Estado de Minas POLÍTICA

Marco Aurélio não descarta crime de Bolsonaro e fala em impeachment

Magistrado comentou fato de Sergio Moro ter afirmado que presidente tentou acessar relatórios de inteligência da Polícia Federal


postado em 24/04/2020 13:30 / atualizado em 24/04/2020 14:43

Segundo Marco Aurélio Mello, Bolsonaro pode ter cometido crime comum(foto: Marcos Correa/PR)
Segundo Marco Aurélio Mello, Bolsonaro pode ter cometido crime comum (foto: Marcos Correa/PR)
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou, nesta sexta-feira (24/4), que o presidente Jair Bolsonaro pode ter cometido crime comum ao tentar acesso a relatórios de inteligência da Polícia Federal e não descartou a possibilidade de a situação levar a um processo de impeachment.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro disse, que, a depender das evidências, "o procurador-geral da República deve atuar em caso de crime comum".

Ele rechaçou qualquer tentativa de um presidente da República de interferir no trabalho desenvolvido pela PF. "A Polícia Federal não é uma polícia de governo, é uma polícia de Estado, e deve atuar com independência", defendeu.

O magistrado lembrou ainda que alertou, durante as eleições, sobre os riscos de Bolsonaro chegar ao poder.

"Vejo um quadro muito grave e que gera perplexidade. Vem a confirmar o que eu disse em um seminário na Universidade de Coimbra, que discorri sobre a tendência de se eleger populistas de direita. Disse com todas as letras que temia pelo Brasil", disse.

Impeachment


Sobre o acesso a informações sigilosas da PF, Marco Aurélio afirmou que pode gerar processo de impeachment na Câmara dos Deputados ou por crime comum. No caso de crime comum, a Constituição Federal prevê que a denúncia deve ser enviada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo, que decide ou não se aceita.

"É aguardar o que ocorrerá, em eventual possível processo de impedimento no âmbito do Legislativo, e tendo em conta também, se for o caso, de ter-se a prática de crime comum, ter em conta atividades a serem desenvolvidas pelo chefe do Ministério Público Federal, procurador Aras", completou o magistrado.


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