
A decisão judicial que garantiu o recebimento do dinheiro foi obtida pela Advocacia-Geral do Estado (AGE). Os recursos foram depositados após o governador Romeu Zema (Novo) se reunir, em Brasília, com Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, na quinta-feira.
Os valores recebidos por Minas Gerais têm relação com um antigo imbróglio travado pela CR Almeida e o estado do Paraná. Em fevereiro deste ano, a Gazeta do Povo noticiou que a empresa havia recebido R$ 2,3 bilhões por conta de um precatório ligado à construção da estrada ferroviária Central do Paraná. Parte dos recursos que entraram na conta da empreiteira foram repassados aos cofres mineiros.
O pagamento da dívida deve atenuar os efeitos causados pela crise imposta pelo coronavírus. Cálculos do governo estimam R$ 7,5 bilhões em perdas de receita, o que equivale a dois meses da folha de pagamento dos servidores.
O pagamento da primeira parcela de abril havia sido anunciado por Zema também na quinta-feira, após a série de reuniões na capital federal, que incluiu, ainda um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governador, no entanto, não soube dizer, à ocasião, a fonte dos recursos que irão possibilitar a quitação de parte dos vencimentos, marcada para a próxima quarta-feira (15).
