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Estado de Minas

Coronavírus: posts deletados de Salles e Flávio Bolsonaro mostram rigor das redes sociais contra informações falsas

Grandes plataformas da internet adotam ações para conter fake news; influenciadores bolsonaristas também têm postagens excluídas


postado em 24/03/2020 12:00 / atualizado em 24/03/2020 14:15

Ministro Ricardo Salles publicou vídeo descontextualizado de Drauzio Varella(foto: Agência Brasil)
Ministro Ricardo Salles publicou vídeo descontextualizado de Drauzio Varella (foto: Agência Brasil)
Com postagens deletadas de políticos, as principais redes sociais demonstram rigor no combate às informações enganosas relacionadas ao coronavírus (Covid-19). Nessa segunda, foram retiradas do Twitter publicações do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do senador Flávio Bolsonaro em que divulgavam um vídeo do médico Drauzio Varella com informações descontextualizadas acerca da pandemia

No vídeo, publicado no YouTube em 30 de janeiro, Drauzio dizia que não mudaria os hábitos por causa do coronavírus e continuaria transitando normalmente pelas ruas. No entanto, com o avanço do vírus, o médico divulgou outro vídeo, no dia 19 de março, alertando as pessoas dos riscos e ressaltando as necessidades de prevenção, como a quarentena. 
 
“Evidentemente, eu tenho mais de 70 anos e estou bem resguardado mesmo. E é isso que as pessoas com mais de 60 anos de idade devem fazer. Mudou, e nós temos de acompanhar o que está acontecendo. Procure se informar, porque a epidemia é dinâmica”, esclareceu (veja o vídeo completo abaixo). 
 
Nos tuítes, Salles e Bolsonaro não mencionaram o contexto em que a primeira gravação de Drauzio foi feita e violaram as regras do Twitter por mensagens com 'potencial de causar danos à saúde dos usuários'. 
 
Uma nota no Portal Drauzio Varella informou que o vídeo antigo do médico foi retirado do ar para evitar desinformação e criticou o uso político do conteúdo. “Diante do cenário atual, retiramos o material antigo do site e das nossas redes e colocamos informações atualizadas. Por prováveis interesses políticos, algumas autoridades oficiais estão usando esse conteúdo sem informar que se trata de material antigo, cujas recomendações não valem mais. Não é hora de fazer uso político dessa situação. É momento de unirmos esforços para evitar o caos no sistema de saúde e a morte de brasileiros”. 



Influenciadores bolsonaristas


Influenciadores digitais bolsonaristas, o astrólogo Olavo de Carvalho e o blogueiro Allan dos Santos questionaram a veracidade da pandemia do coronavírus e tiveram postagens deletadas. Nessa segunda, o guru do presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, em vídeo, que o vírus causador da Covid-19 não existe. "É a mais vasta manipulação da opinião pública que já aconteceu na história.  O número de mortes dessa suposta epidemia não aumentou em nem um único caso o número habitual de mortos por gripe no mundo”, bradou aos mais de 821 mil inscritos no canal.

Guru de Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho teve vídeo deletado pelo YouTube(foto: Reprodução/YouTube)
Guru de Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho teve vídeo deletado pelo YouTube (foto: Reprodução/YouTube)


O vídeo foi retirado do ar por ‘ferir as diretrizes da comunidade’ da plataforma ligada ao Google. 
 
No Twitter, Allan dos Santos,conhecido como ‘Allan Terça Livre’, reverberou o discurso de Olavo de Carvalho e acrescentou que apenas autópsias nos órgãos das supostas vítimas comprovariam a existência da doença. Os tuítes do blogueiro nesse sentido foram excluídos pelo site. 

Vale ressaltar que a Covid-19 já matou mais de 14 mil pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil34 vidas foram perdidas.

Gigantes contra fake news


 
Google, Facebook, Instagram e YouTube adotaram medidas contra a disseminação de notícias falsas sobre o coronavírus na internet após a Organização Mundial da Saúde declarar a doença como risco em todo o planeta.

Postagens com potencial risco à saúde dos usuários e ‘teorias da conspiração’ sobre a origem do vírus passaram a ser excluídas por Facebook e outras redes do grupo - Instagram e WhatsApp, um dos principais vetores de fake news. Anteriormente, postagens enganosas apenas perdiam revelância nas plataformas após checagem de agências terceirizadas. Segundo a corporação presidida por Mark Zuckerberg, o sistema de criptografia dos sites acaba se tornando um entrave para impedir a divulgação de informações inverídicas. 

Já o Google, em parceria com a OMS, adotou um sistema para garantir assuntos verificados no serviço de busca. Usuários de áreas críticas pelo coronavírus são alertados por um banner vermelho e recebem dicas de segurança. O recurso é semelhante ao já utilizado pela empresa em situações de desastres naturais.

Na versão brasileira, o Google prioriza fontes oficiais, como Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e secretarias estaduais, além de matérias e reportagens dos principais portais de notícias. 
 
No Twitter, em buscas relacionadas ao coronavírus, informações oficiais aparecem em destaque. Há também um link fixo do Ministério da Saúde para dúvidas e informações sobre o tema. 


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