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Estado de Minas

Bolsonaro: 'As demarcações foram uma invenção dos governos de esquerda para atrapalhar o Brasil'

O presidente, que está em Miami, participou de evento para empresários organizado por Alvaro Garnero


postado em 10/03/2020 17:07 / atualizado em 10/03/2020 17:39

(foto: Zak BENNETT / AFP)
(foto: Zak BENNETT / AFP)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que está em Miami e participou de um evento para empresários, criticou nesta terça-feira, a política de demarcação de terras indígenas e quilombolas, levada adiante pelos governos anteriores. Segundo o presidente, as demarcações foram uma invenção de governos da esquerda para “atrapalhar o Brasil”.

"Os governos de esquerda descobriram outras formas de atrapalhar o Brasil, com comunidades quilombolas. Com todo respeito que temos àqueles que vieram para o Brasil e foram escravizados, abominamos a escravidão, graças a Deus não existe mais no Brasil”, afirmou.

De acordo Bolsonaro, havia sido instituída uma “indústria de demarcações” desde 1992 que teria comprometido 14% do território nacional. Apesar disto, ele alega que essa política mudou e dificilmente haverá novas áreas separadas no mapa para povos que seriam originários dali.

“Essas demarcações de terras quilombolas, e tem 900 na minha frente para serem demarcadas, não podem ocorrer. Somos um só povo, uma só raça”, disse nos Estados Unidos, onde cumpre agenda de quatro dias.

O Brasil tem hoje 206 terras quilombolas tituladas pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), responsável pelas demarcações e 977 processos de demarcação estão abertos apenas na região Nordeste

Bolsonaro também afirmou que no Brasil existe uma “indústria de demarcações” e ele não deve mais fazer demarcações de terras indígenas. 

"Nossa Amazônia sofreu de 1992 para cá uma verdadeira indústria da demarcação de terras indígenas. Hoje o Brasil tem 14% de seu território demarcado em terras indígenas. Ninguém tem isso no mundo", disse. "Alguns países da Europa queriam que chegasse a ser 22%. Isso não será realizado, o Brasil mudou, a Amazônia é nossa e vamos lutar por ela."

Recentemente, o governo enviou ao Congresso um projeto que abre as terras indígenas para exploração comercial de mineração, energia, petróleo e agricultura e pecuária. Bolsonaro defende que há "milhares de riquezas" sob o solo nessas regiões e isso precisa ser explorado.


Mesas Vazias

Esse era o último evento do presidente da República, na visita a Miami, nos Estados Unidos. De acordo com a revista Exame, o discurso  estava marcado para começar às 9h30 (de Brasília) desta terça-feira, 10. Às 9h40, seis das 25 mesas reservadas a empresários e investidores ainda estavam completamente vazias.

Ao chegar, o presidente fez um discurso para menos de 100 convidados. Alguns integrantes da comitiva presidencial sentaram nas mesas ao fundo, que ainda estavam vazias, quando Bolsonaro começou a discursar.

A conferência desta terça-feira foi organizada pelo empresário Alvaro Garnero que, junto com o pai, articulam o apoio ao presidente nos Estados Unidos desde antes da eleição.


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