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Estado de Minas

Parlamentares articulam para esticar CPMI das Fake News por seis meses

Serão apresentados requerimentos para quebra de sigilo de empresas de disparo em massa de mensagens no WhatsApp


postado em 06/03/2020 09:34 / atualizado em 06/03/2020 09:41

(foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)
(foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

Parlamentares se articulam para prolongar, por mais seis meses, os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. O requerimento para a prorrogação já tem as 30 assinaturas necessárias de senadores. Falta, agora, completar as 90 de deputados. O clima é favorável. A expectativa é de que esse número seja alcançado nas próximas semanas, tendo em vista a relação do Congresso com o governo, que azedou após o presidente Jair Bolsonaro compartilhar com apoiadores vídeos convocando para manifestações contra o parlamento e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Também conta a favor da continuidade dos trabalhos o relatório do Facebook, revelando que uma das páginas usadas para direcionar milícias virtuais contra adversários de Bolsonaro era operada de dentro da Câmara. A página, chamada Bolsofeios, era gerida por Eduardo Guimarães, assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Para piorar a situação do governo, com a troca da liderança do PSL na Casa — saiu Eduardo Bolsonaro e entrou Joice Hasselmann (SP), a tropa de choque destacada para defender o presidente da República na CPMI deve perder as vagas.

Hasselmann, que era apoiadora de Jair Bolsonaro, foi vítima de ataques coordenados por milícias virtuais e, quando depôs na comissão, em 4 de dezembro, apresentou um organograma de como funcionavam os ataques. Entre as páginas citadas pela deputada estava, justamente, a coordenada pelo assessor de Eduardo Bolsonaro. Com a troca no comando, as obstruções provocadas por governistas nas sessões administrativas, que julgam requerimentos de convocação e quebras de sigilo, devem diminuir, acelerando os trabalhos.

Os parlamentares já têm requerimentos pedindo quebra de sigilo bancário e telemático de empresas que promovem disparo em massa de mensagens de WhatsApp. Deputados e senadores também querem ter acesso ao backup das mensagens disparadas pela empresa Yacows, suspeita de difundir fake news durante as eleições de 2018. Outra novidade é que, agora, além de um delegado, parlamentares contam com a ajuda de um perito da Polícia Federal, para examinar provas e documentos apresentados. O especialista entrou para a equipe nesta quinta-feira (5).


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