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Estado de Minas POLÍTICA

Em greve, servidores da educação reivindicam isonomia, 13° e piso salarial

Audiência pública, que contou com a presença do secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, e de deputados de diversos blocos da Casa, teve início na manhã desta quinta-feira e terminou no início da tarde


postado em 13/02/2020 13:11 / atualizado em 13/02/2020 15:10

Os servidores da educação da rede estadual estão em greve desde a última terça-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A. Press )
Os servidores da educação da rede estadual estão em greve desde a última terça-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A. Press )
Cerca de 150 servidores públicos da educação de Minas Gerais aproveitaram de uma audiência pública na manhã desta quinta-feira, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para protestar sobre a situação da classe. No encontro, que durou cerca de três horas e foi convocado pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), houve uma prestação de contas do secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa. A educação estadual está em greve desde a última terça-feira.

 

Entre as reivindicações da categoria, está o pagamento de todo 13° salário de 2019 (19% da classe ainda não foi contemplada com o benefício), a aplicação do mínimo de 25% dos recursos tributários do estado na educação e o pagamento do piso nacional dos professores. Além disso, os funcionários pedem isonomia de tratamento.
 
"O governo não investiu o mínimo constitucional na educação, é uma prática de pegar o dinheiro da educação e fazer outros investimento. São mais de R$ 3 bilhões que deixaram de chegar em conta. E tem uma hipocrisia no ar. Como o governo não paga quase 20% do 13° de uma classe? Tem gente que não recebeu um centavo, e o governo tem a cara de pau de falar em sacrifício da educação. Empresário pedir sacrifício a professor? Isso é um escárnio", disse a parlamentar.
 
Coronel Sandro, Gustavo Barbosa, Beatriz Cerqueira e Gustavo Valadares participaram da audiência(foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A. Press )
Coronel Sandro, Gustavo Barbosa, Beatriz Cerqueira e Gustavo Valadares participaram da audiência (foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A. Press )
O ponto de isonomia citado se refere ao fato de o governo de Minas Gerais ter enviado à ALMG, na última semana, um projeto de lei que prevê aumentos salariais a servidores da segurança pública. O reajuste, tratado como recomposição de perdas inflacionárias dos últimos cinco anos, seria escalonado e soma 41,7% até o fim de 2022, último ano do primeiro mandato do governador Romeu Zema (Novo).
 
"Na nossa avaliação, a audiência pública atendeu as expectativa e respondeu todas as questões colocadas. Se o projeto dos agentes chegar ao governo com a emenda, iremos reavaliar isso. No momento, só temos o projeto de lei. Só tem como avaliar isso", analisou o secretário Gustavo Barbosa.
 
Na tarde desta quinta-feira, está prevista uma reunião da comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). Resta ao projeto de reajuste dos agentes somente o parecer nesta comissão para ir ao plenário. O texto recebeu uma emenda que estende a readequação para toda categoria na última terça-feira, mas, desde então, nenhum encontro da FFO aconteceu.
 

Princípio de confusão

 
Coronel Sandro foi contido por Gustavo Valadares após tentar tirar satisfação com um dos servidores presentes(foto: Matheus Muratori/EM/D. A. Press )
Coronel Sandro foi contido por Gustavo Valadares após tentar tirar satisfação com um dos servidores presentes (foto: Matheus Muratori/EM/D. A. Press )
Perto do fim da audiência, um dos deputados estaduais que participaram do encontro se envolveu em uma confusão com um dos servidores que protestavam no local. Coronel Sandro (PSL) deixou a reunião e relatou ter sido alvo de ameaças.
 
O parlamentar foi em direção a onde os servidores estavam concentrados, mas foi contido por seguranças da Casa e pelo deputado Gustavo Valadares (PSDB). Depois, os ânimos se acalmaram e a reunião teve fim normalmente.


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