![(foto: Matheus Muratori/EM/DA Press) (foto: Matheus Muratori/EM/DA Press)](https://i.em.com.br/GQEatyMnUuRXbzB6jstzfqhafNM=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/01/16/1114822/20200116153826900046i.jpg)
“Temos um emaranhado de reivindicações devido ao mau-trato do governo do estado em relação à educação. Hoje, reivindicamos o pagamento do piso salarial nacional, que é garantido em lei e gira em torno de R$ 2.800. O salário-base em Minas é de menos de R$ 2.000. Temos mais da metade dos profissionais da educação que ainda não receberam o 13° e não temos perspectiva, porque o governo não se posiciona", disse Adriano de Paula, de 40 anos, professor de história e diretor estadual do Sind-UTE, ao Estado de Minas.
O início do ano letivo em Minas Gerais está agendado para 3 de fevereiro. Entretanto, o início das aulas nas escolas estaduais pode atrasar, caso a categoria defina por uma paralisação, conforme explica o diretor.
“Temos uma assembleia marcada para 5 de fevereiro, primeira semana do retorno às aulas, onde vamos discutir exatamente isso. A assembleia já é com indicativo de greve, e vamos colocar a proposta em votação. Há uma possibilidade grande de o ano letivo não iniciar. O governo alega que não pode pagar 8% do reajuste do piso porque está em crise, mas vemos altos gastos com dinheiro da educação e prometendo reajuste para outras categorias", completou.
Um dos manifestantes, Marcelo Abritta, professor de língua espanhola, explica que, além do piso e do 13°, a categoria tem outras reivindicações. "Tiraram o espanhol da grade, sou professor de espanhol. Estou sem trabalhar, sou efetivo, e não sei o que farão comigo. Não aceito trabalhar em outra área sem ser a minha. Esse é um caso, mas tem outros, como o de serventes das escolas, que estão diminuindo. Temos piso e 13° para tratar, se não houver acordo, a tendência é de greve, que não voltem as aulas. Usamos essa reunião de hoje, que trata da designação de professores, para externar nossa insatisfação", disse.
As secretarias de Educação e de Planejamento e Gestão devem se manifestar após a reunião, assim como o Sind-UTE.