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Estado de Minas GOVERNO

Presidente faz afago ao Legislativo e Judiciário

Presidente aproveita posse do ministro do Desenvolvimento Regional para defender "união" com o Supremo e o Congresso


postado em 12/02/2020 04:00 / atualizado em 12/02/2020 08:17


Brasília – O presidente Jair Bolsonaro fez novos gestos de aproximação aos chefes do Legislativo e Judiciário na posse do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Na cerimônia, Bolsonaro reforçou que é preciso buscar a "união" das autoridades. “Nós quatro não podemos tudo, mas quase tudo passa pelas nossas mãos. A nossa união, nosso sentimento cada vez melhor para o Brasil, realmente fará com que todos sintam a diferença. Agradeço a convivência que tivemos ao longo do ano passado e tenho certeza que o corrente ano será muito melhor", disse Bolsonaro, aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.

O presidente elogiou o trabalho de Marinho como deputado federal e afirmou que ele serviu de "espelho" para os demais. Também falou que ele é "daquelas pessoas que vão angariando respeito pela forma de trabalhar". Bolsonaro destacou que o Desenvolvimento Regional é um "ministério complexo, com muita capilaridade" e que "quase tudo que interessa a população" passa pela pasta. Ele também enalteceu a participação de Marinho como secretário especial de Previdência e Trabalho para viabilizar a aprovação da reforma previdenciária, no ano passado, com os chefes do Legislativo e o ministro da Economia, Paulo Guedes. "Tenho certeza de que Marinho terá mais que paciência (no ministério); será altruísta", disse. "Confiança que todos têm em Marinho é enorme, capacidade não faltará", elogiou.

Braço direito de Guedes Marinho deixou a Secretaria Especial da Previdência, na semana passada, para assumir o comando do Desenvolvimento Regional no lugar de Gustavo Canuto, que assumirá a presidência da Dataprev. Canuto também está presente na cerimônia de posse. O Ministério do Desenvolvimento Regional é considerado estratégico para o governo: responsável pelo Minha casa, minha vida, programa que Bolsonaro pretende turbinar, a pasta tem grande influência nas políticas municipais. O movimento do Palácio do Planalto, agora, é para ter uma marca social e entrar no Nordeste.

Cronograma


Marinho disse que negocia com Guedes, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, um cronograma para a liberação de recursos do Minha casa, minha vida em 2020. O Orçamento deste ano prevê R$ 2,7 bilhões para honrar a continuidade de obras já contratadas pelo programa habitacional. No entanto, o setor da construção civil reclama da falta de previsibilidade. No ano passado, os desembolsos foram alvos de bloqueios devido à frustração na arrecadação federal. "O calendário inicialmente é o que foi aprovado pelo Parlamento brasileiro. É bom lembrar que o Orçamento é impositivo e precisa ser empregado em sua integralidade", disse.

Marinho disse ainda que já teve duas conversas com o presidente Jair Bolsonaro sobre sua missão à frente da pasta e pediu um prazo para discutir alternativas de reestruturação do programa habitacional. Seu antecessor, Gustavo Canuto, tentava emplacar um modelo de 'voucher', uma espécie de crédito para que famílias em municípios menores conseguissem comprar, reformar ou construir a casa própria. O modelo, porém, enfrenta resistências e dificuldades operacionais, sobretudo na fiscalização da aplicação do dinheiro.

O novo ministro disse que "de forma alguma" o debate sobre o novo Minha Casa nasce do zero e disse que serão consideradas as discussões feitas na gestão anterior. Ele, porém, não deu detalhes se o modelo do voucher vingará. Marinho disse ainda que, neste primeiro momento, o foco é conhecer e tomar pé de todas as agendas do ministério. "Estamos falando de segurança hídrica, habitação, saneamento, defesa civil. Nossas prioridades são diversas", afirmou.

Em seu discurso, o novo ministro fez saudação a prefeitos, vereadores, governadores e deputados estaduais, além dos próprios integrantes do Congresso Nacional. Ex-deputado, Marinho destacou a capilaridade das ações de sua nova pasta. A jornalistas, depois da cerimônia, ele minimizou o fato de este ser um ano de eleições municipais. "A cada dois anos temos eleições, isso faz parte do cenário e na democracia", disse.
 


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