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Estado de Minas SEGURANçA

Temor de fuga nos presídios


postado em 22/01/2020 04:00 / atualizado em 22/01/2020 07:30

Responsáveis por presídios nos quais há detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) estão reforçando a segurança por temerem fugas semelhantes a que se viu em penitenciária do Paraguai no domingo. Nos últimos dois dias, dirigentes, de presídios, sobretudo os federais, procuraram o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para definirem uma estratégia conjunta a fim de evitar surpresas desagradáveis. Teme-se que um projeto de fugas em massa esteja sendo articulado pela organização criminosa.
 
Em Brasília, recentemente, a Polícia Civil fez uma operação para desbaratar uma quadrilha, cujos integrantes, segundo relatórios de inteligência, estavam monitorando autoridades locais, entre elas, juízes, delegados e o próprio secretário de Segurança Pública, Anderson Torres.
 
Esse processo de reforço dos presídios têm o respaldo do ministro da Justiça, Sergio Moro. E conta com o apoio das Forças Armadas e da Força de Segurança Nacional. Com origem em São Paulo, o PCC está ramificado por todo o país e já estendeu seus tentáculos pela América Latina.
 
O poder de articulação do grupo aumentou muito, reconhecem autoridades. O PCC já não depende mais de Marcola, que está preso em Brasília, apesar de ele ainda ser a grande referência para os integrantes da organização. “Não dá para brincar com esse pessoal. O PCC é uma organização poderosa e muito perigosa”, diz um técnico do Depen.
 
Ninguém descarta, inclusive, que outros grupos rivais do PCC também estejam se articulando para um movimento semelhante e estimulando rebeliões. Os serviços de inteligência detectaram alguns sinais que podem indicar problemas mais à frente, se não houver uma ação coordenada efetiva e preventiva. No último fim de semana, 76 presos fugiram do presídio de Pedro Juan Caballero, que faz divisa com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Deles, 40 são brasileiros e 36, paraguaios. A maioria é ligada ao PCC. Até agora, cinco fugitivos foram recapturados.
 
No Paraguai, os 30 agentes penitenciários, o chefe de Segurança, e o diretor da penitenciária se abstiveram de dar declarações e se mantiveram em silêncio durante depoimento na segunda-feira. MP avalia pedir prisão preventiva deles. Imagens do circuito fechado do presídio foram encaminhadas para a perícia.


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