
Na votação eletrônica, o Congresso manteve 199 itens de Bolsonaro na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e derrubou apenas três. O resultado, puxado pelo Senado, quebrou um acordo entre líderes partidários que articulavam a derrubada de alguns vetos na LDO. Um dos vetos mantidos foi ao dispositivo que limitava o honorário de sucumbência destinado aos advogados da União. Com isso, os integrantes da AGU terão acesso a esse recurso extra, rejeitado por líderes da Câmara.
Na votação, os deputados votaram majoritariamente por derrubar os vetos de Bolsonaro na LDO. Já os senadores votaram para manter os vetos, o que inviabilizou a retomada dos itens do projeto. Os partidos do Centrão na Câmara pediram então a suspensão da sessão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que houve uma "confusão" na distribuição de cédulas pelo governo aos senadores. Nos bastidores, parlamentares apontam uma articulação do Planalto para manter os vetos e atender a AGU.
O governo se comprometeu em enviar, até segunda-feira, 2, um projeto de lei recuperando o mesmo conteúdo dos itens vetados por Bolsonaro na LDO que o Congresso quer retomar. Alcolumbre afirmou que esse será o primeiro item da próxima sessão, na terça-feira. Só depois os parlamentares analisarão os demais vetos e votarão os projetos que abrem recursos para os ministérios.